Os campeonatos ainda nem terminaram e os dirigentes começam a ocupar os espaços dos jogadores no noticiário esportivo.
E o velho gancho usado para fisgar a mídia é a promessa de competente planejamento para a próxima temporada.
Trata-se de assunto recorrente, que não resiste à primeira derrota em Atletiba.
Antônio Lopes conseguiu salvar o Atlético da degola nacional e foi premiado com a renovação de contrato. Teve todo o tempo do mundo para indicar reforços, estudar a situação e executar o plano de ação. Quando o título estadual começou a escapar das mãos atleticanas o técnico foi demitido e saiu atirando para todos os lados.
Desta feita, com a boa campanha desenvolvida e por ter se adaptado ao sistema do clube, Sérgio Soares teve o compromisso renovado com a promessa de ganhar uma linha de atacantes novinha em folha.
O Coritiba contratou o ex-paranista Marcelo Oliveira para participar dos planos de montagem da equipe e, consequentemente, para comandá-la durante o ano. A bolsa de apostas já está aberta quanto ao tempo de duração do novo técnico no Alto da Glória. Ninguém chega a apostar na repetição do recorde cravado por Gilberto Pereira, que só durou dois jogos no Campeonato Paranaense de 2007, e caiu mesmo invicto.
O Paraná jogou as fichas em Roberto Cavalo que, curiosamente, foi esnobado pelos novos dirigentes logo que assumiram a direção.
Ele já andou indicando reforços, apesar de as negociações esbarrarem nas dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube. Mas o planejamento é o tema do momento, mesmo se sabendo que nenhum programa resiste aos maus resultados em campo.
O que existe, verdadeiramente, é o trabalho de pré-temporada desenvolvido pelos profissionais da área no condicionamento físico e as providências que são tomadas pelo setor administrativo diante da tabela de jogos da primeira competição do calendário anual. Todo o resto fica na dependência da capacidade de os dirigentes acertarem nas contratações e, é claro, dos sortilégios da bola quando ela começar a rolar.
Se o Coxa termina o ano com um ataque eficiente e que o remeteu de volta à Primeira Divisão, com excelente rendimento de Rafinha, Leonardo, Marcos Aurélio e outros, o Atlético lamenta a segunda frustrada fornada de gringos no mesmo ano: Nieto, Guerrón e González não deram o retorno esperado. E Bruno Mineiro, Marcelo e Maikon Leite também ficaram devendo a ponto de a torcida atleticana sentir saudade do artilheiro Rafael Moura.
Por falar em atacante, que beleza aquela jogada do Marcos Aurélio no primeiro gol do Coritiba, sábado, em Juazeiro do Norte. Ele costurou a defesa inteira e finalizou com categoria. Coisa fina, garoto.