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Os clubes que comemoram o centenário de fundação neste ano enfrentam-se nas semifinais da Copa do Brasil.

Porém, os planos centenários de Coritiba e Internacional são diferentes, já que as pretensões do nosso representante são mais modestas que a do clube gaúcho.

O dirigente colorado Fernando Carvalho afirmou, em entrevista publicada na imprensa gaúcha, ontem, que o objetivo do Internacional é repetir a tríplice coroa alcançada pelo Cruzeiro em 2003: campeão estadual, nacional e da Copa do Brasil.

Time para isso o Inter tem, pois investiu pesado na contratação de bons jogadores e montou uma equipe ao mesmo tempo forte e altamente técnica com destaque ao trio ofensivo D’Alessandro, Taison e Nilmar.

O Coritiba sonhava com o título estadual e acabou ficando em terceiro lugar, mas soube aproveitar a trajetória favorável da tabela de jogos na Copa do Brasil ao eliminar equipes que não fazem parte da Primeira Divisão. O seu primeiro grande teste na competição será exatamente diante do Inter, no Beira-Rio.

Falta ambição

O retumbante fracasso dos três times paranaenses no Campeonato Brasileiro – Séries A e B – que até agora não conseguiram vencer e figuram entre os últimos colocados, provocou diversas opiniões entre jornalistas e torcedores.

A meu ver, falta ambição aos atuais dirigentes, os quais alegam que a fragilidade técnica das equipes tem a ver com a falta de recursos econômicos. Mas dinheiro não deve faltar, já que os déficits confessados são gigantescos para os padrões do nosso futebol. O dinheiro deve ter sido mal aplicado, pois esses times não ganham um título importante desde 2001, quando o Atlético sagrou-se campeão brasileiro.

O que falta mesmo, além de ambição, é visão estratégica para o planejamento do futebol, sensibilidade e conhecimento para contratar jogadores de qualidade e maior grau de informação. Os cartolas locais limitam-se a contratar jogadores que já atuaram por aqui, tais como Marcos Aurélio, Dinélson ou Lima, por exemplo.

Outro problema é que os dirigentes apaixonam-se por técnicos ou jogadores que se transformam em intocáveis. Isso é bem próprio de cartola inexperiente.

E a imprensa e a torcida, por sua vez, contentam-se com pouca coisa, tipo aquela frase surrada de "não caindo está bom".

A grande verdade é que esse modelo de eleger uma diretoria a cada período já era. O futebol profissionalizou-se de tal forma que a administração também precisa ser especializada e não há mais espaço para apaixonados amadores que gerenciam os clubes com espírito juvenil de piloto de autorama.

Enchem-se de vaidade, orgulham-se com a foto nos jornais e começam a fazer experiências que não teriam coragem de realizar em seus negócios particulares.

O resultado é o aumento das dívidas e o fracasso técnico dentro de campo.

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