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Chegou o esperado dia da abertura da Copa do Mundo que, em vez de apresentar o jogo do último campeão, o Brasil, será o primeiro do anfitrião, a Alemanha. Como se sabe a tabela da Copa do Mundo foi bem urdida pela Fifa, com indisfarçável pano de fundo comercial e político. Daí a Alemanha largar frente a uma equipe de reconhecidas limitações técnicas, a brava Costa Rica comandada pelo brasileiro Alexandre Guimarães.

Da mesma forma que, pela tabela de jogos, os alemães só cruzarão com a seleção brasileira em uma final de campeonato. Ou seja, eles sabem que para ser campeão é preciso chegar à final e, exatamente por isso, facilitaram as coisas para a Alemanha Oriental na Copa do Mundo de 1974, perdendo o jogo para evitar o cruzamento com Brasil ou Holanda, nas semifinais. O plano deu certo e os pragmáticos germânicos eliminaram a Polônia e decidiram o título com os holandeses.

Frios e calculistas, mesmo sem contar com a principal estrela da companhia – o meia Ballack, lesionado e fora da estréia –, apostam as suas fichas no fato de estarem jogando em casa, pois sabem das dificuldades que terão no plano técnico para chegar a uma nova final.

Outro detalhe que não passa despercebido diz respeito às manipulações das arbitragens, pois só elas explicam a classificação da Coréia do Sul na Copa passada. É bom ficar de olho nos "homens de preto".

Rádio de luto

Fecharam-se as cortinas e terminou o espetáculo do rádio esportivo brasileiro. Morreu Fiori Gigliotti, famoso locutor que se consagrou com voz anasalada e que durante 50 anos fez a alegria dos ouvintes com inspiradas e poéticas transmissões através do microfone da Rádio Bandeirantes, de São Paulo.

No auge de Fiori Gigliotti, a grande audiência da Bandeirantes provocava eco no Pacaembu ou no Morumbi, com os comentários de Mauro Pinheiro, que também já se foi.

Pessoa simples, simpática e altamente profissional, Fiori marcou época com o seu estilo romântico de contar as coisas do futebol. Foi dele, entre tantos lançamentos, a citação da cidade em que nasceu o jogador que fazia o gol. Nunca mais ouviremos os bordões "abrem-se as cortinas e começa o espetáculo" ou "crepúsculo de jogo, torcida brasileira".

A propósito, estou recebendo homenagem da revista Idéias neste mês, com reportagem assinada pelo categorizado jornalista Aroldo Murá Haygert. Dentre as fotos que ilustram a matéria aparece uma em que estou com o Capitão Hidalgo, na cobertura da Copa do Mundo da Espanha, ao lado de outra famosa dupla de narradores esportivos: Jorge Cury e Waldir Amaral, ambos falecidos.

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