Com o pouco tempo reservado pelo calendário para a preparação das equipes, especialmente as maiores, que têm grandes desafios nacionais e internacionais ao longo do ano, o Campeo­nato Paranaense deve funcionar como uma espécie de pré-temporada ampliada.

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Não que os maiores times desprezem a competição, mas eles preferem dosar as energias dos jogadores nas primeiras rodadas para que não seja comprometido o planejamento da preparação física.

Mas a rivalidade entre as torcidas assegura o sucesso do campeonato, pois na realidade o título estadual é o único que está, realmente, ao alcance de nossas equipes.

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Conscientes das dificuldades de conquistar títulos nacionais ou internacionais, os espectadores se preparam para fazer a festa ao final do campeonato doméstico, apimentado pela concorrência entre as maiores torcidas.

Pela fórmula de disputa escolhida – turno e returno – e, so­­bretudo, pelos investimentos realizados, todos estão na expectativa de uma boa competição a partir de domingo.

Até mesmo os pequenos clubes do interior se esmeraram na preparação, inclusive apostando em supervisores e treinadores experientes e de renome.

Tem sido admirável o esforço de todos na busca de melhores condições técnicas, mesmo com um calendário restrito e pouco apoio dos municípios e das em­­presas regionais. Sempre uma ou duas equipes menores acabam se destacando e disputando o título com os tradicionais rivais da capital.

Depois de muitos percalços, dentro e fora do campo, o Paraná contratou quase um time novo completo e a dupla Atletiba, co­­mo tem acontecido nos últimos anos, estreará como favorita.

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Tanto Atlético quanto Cori­­tiba mantiveram a base e reforçaram os times nos setores em que identificaram carências: o Coxa contratou alas e zagueiros, en­­quanto o Furacão partiu para tentar solucionar a sua grave de­­ficiência ofensiva com as contratações de meias e atacantes.

EFABULATIVO: Dentre inúmeras histórias do quase centenário Campeonato Para­­naense, houve uma que marcou para sempre a vida de Acir Antoniassi, ponta-esquerda do Atlético no título de 1958.

O pai de Acir estava comemorando aniversário no do­­mingo e pediu de presente ao fi­­lho um gol no jogo que o Atlé­­tico faria à tarde, na Baixada.

Acir ficou preocupado, afinal não queria frustrar o aniversariante, mas sabia das dificuldades. No caminho pa­­ra o Joaquim Américo, de ônibus, foi pensando no problema. Durante a partida, a dúvida transformou-se no maior presente que poderia ter dado ao seu pai: conseguiu marcar dois gols e voltou feliz para casa.

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