Depois que o Palmeiras contratou o técnico Felipão pagando uma fortuna e acabou eliminado da Copa Sul-Americana por um time rebaixado, aumentou a pressão nos grandes clubes.
Da mesma forma que diversos profissionais estão em alta como Muricy, Dorival Júnior, Conca, Neto, Lucas, Jonas, Jucilei, Elias, Tiago Ribeiro e outros , muitos andam em baixa. Alguns dirigentes também estão na berlinda, um pouco por conta das campanhas irregulares de suas equipes e, lamentavelmente, pela delicada questão da "entrega de jogos" para atrapalhar os planos dos maiores rivais.
Os constantes equívocos das arbitragens ajudam a emoldurar o estranho cenário das últimas rodadas do campeonato.
A ética e a moral estão em discussão. Mesmo entre aqueles que entendem que futebol não deve ser levado muito a sério.
Eles argumentam que se trata de uma atividade privada e que tem como objetivo apenas o lazer dos torcedores. Porém, diante de tantos escândalos e graves problemas de segurança que agitam a vida do país com intensa repercussão na mídia, mas com pífias conclusões ao fim e ao cabo dos processos envolvendo políticos, a comunidade futebolística deve lutar para não entrar nessa esparrela.
Pelo menos o futebol nosso de cada dia, que embala os sonhos dos torcedores e alimenta fortes emoções, precisa ser preservado como algo intocado pela falta de vergonha de muita gente.
Lembrem que os jogadores do Goiás nos deram extraordinária demonstração de profissionalismo e dignidade ao superar o poderoso Palmeiras, mesmo com os salários atrasados e rebaixados no Campeonato Brasileiro.
A meu ver, os dramas nacionais devem ser enfrentados com coragem, apesar de uma sociedade que pouco reage, mesmo diante de diversos absurdos praticados por políticos e administradores públicos.
Constatamos o desinteresse das pessoas por temas mais complexos, afinal boa parte da população simplesmente não lembra em quem votou poucos dias depois da eleição. A indiferença, somada à desinformação e à falta de cultura, transforma-se em terreno fértil para o relaxamento moral do país.
Voltemos ao futebol que necessita resgatar conceitos éticos imprescindíveis, já que se trata de produto avidamente consumido pelo povo, especialmente pelos jovens.
Exatamente na faixa entre os 10 aos 25 anos é que se concentram os maiores apaixonados pelo esporte em geral e o futebol em particular.
Somos os responsáveis pela orientação dessa juventude e não podemos admitir que se desvirtuem os princípios básicos do esporte.
Mesmo com sentido mercantil agudo, o futebol ainda é uma atividade lúdica que envolve milhões de pessoas. A maioria inocente e simplesmente apaixonada pelos símbolos do seu time de coração.
Temos de continuar vigilantes na fiscalização da postura das pessoas que tratam das coisas públicas.
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