Mesmo aos trancos e barrancos, com alguns gramados em petição de miséria e algumas arbitragens calamitosas, o Campeonato Paranaense vai em frente e deve ser aquecido a partir desta rodada.

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Primeiro, porque o Atlético passará a jogar com a equipe considerada titular e, amanhã, teremos o primeiro clássico da capital entre Coritiba e Paraná.

Em relação ao Atlético não há muito o que se falar, a não ser que o time B ficou devendo melhores apresentações e, sobretudo, que o time A não mostrará nenhuma grande nova atração. A maior seria o meia Ramon, que se mandou antes da estréia, ficando o resto por conta de caras conhecidas que precisam mostrar bem mais do que no final da temporada, quando o Furacão passou vários jogos sem vencer.

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As maiores expectativas estão reservadas para o jogo do Alto da Glória.

O Coritiba reanimou-se com o retorno da garotada, em demonstração clara de que os "neopangarés" recentemente contratados representaram novo equívoco da diretoria, tanto que alguns já foram dispensados.

Aguarda-se o comportamento do técnico Macuglia que, como todos os demais, resistiu até onde pode para lançar mão das revelações das categorias de base. Deve ter gostado do que viu e, sobretudo, deve ter ficado aliviado ao constatar, pela primeira vez, que a torcida coxa-branca também sabe aplaudir.

Com a sabedoria popular de toda torcida de futebol, a massa do Coxa não é diferente e age e reage conforme as circunstâncias. Quando o time joga mal protesta, vaia e desopila o fígado contra o presidente e outros menos votados; quando o time joga bem, como aconteceu quarta feira na vitória sobre o Cascavel, comemora, aplaude e manifesta apoio a todos que suam a gloriosa camisa alviverde.

O Paraná retornou com o moral bastante elevado após o retumbante triunfo em Calama, quando meteu 2 a 0 no Cobreloa e deu passo importante para a classificação na fase de grupos da Taça Libertadores da América.

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Feliz da vida, mas calejado pelos sortilégios da bola, o técnico Zetti pede cautela ao time e calma à torcida.

Cautela porque o Cobreloa, mesmo tendo se revelado uma equipe tecnicamente limitada, vai jogar a última cartada em Vila Capanema e, calma, porque a torcida paranista não pode incorrer no mesmo erro dos chilenos que, desconhecendo o potencial do adversário, nos dias que antecederam a partida passaram tocando flauta e ironizando o representante brasileiro. Deu no que deu.

Em relação ao clássico, o Paraná deve aproveitar a oportunidade para melhorar o entendimento coletivo que, por si só, tem sido absolutamente surpreendente, já que se trata de um grupo formado há menos de 30 dias.

O jogo de amanhã promete intensa movimentação, pois como se diz na gíria do futebol, clássico é clássico.