Em seus mais de 150 anos de existência, a atual é a maior e mais profunda crise experimentada pelo futebol. E não se restringe ao aspecto técnico da maioria sonolenta dos jogos com raros craques e poucos gols, mas ao comportamento ético e moral dos dirigentes que se encontram sob investigação da própria Fifa, politicagem de baixo extrato nas articulações para mais uma reeleição do presidente Joseph Blatter e, de forma quase escandalosa, no baixo nível das arbitragens.
Em vez de ajudar a resolver o grave problema da arbitragem que, de maneira geral, foi muito falha na última Copa do Mundo, a comissão da Fifa acabou confundindo os ilustres responsáveis pelo apito brasileiro ao ponto de eles não saberem direito se é bola na mão, mão na bola ou tudo junto.
O chefe de arbitragem da entidade internacional, Massimo Busacca, criticou a forma como os brasileiros entenderam as recomendações para a interpretação da regra que define a caracterização da penalidade máxima. A reação foi imediata e a CBF tratou de se defender ao mesmo tempo em que tenta aliviar a grande pressão que os juízes de futebol vem sofrendo nos campeonatos em andamento, com novas orientações sobre o pênalti. Aguardem os próximos capítulos dessa emocionante novela futebolística.
Atletiba
Atlético e Coritiba fizeram quase tudo errado em seus respectivos departamentos de futebol nesta temporada e pagam o alto preço da incompetência com a ameaça de novos rebaixamentos. O drama do Coxa é mais antigo, pois remonta ao desmanche daquele time vitorioso com Emerson, Leandro Donizette, William, Léo Gago, Rafinha, Davi e outros e a infeliz sequencia na escolha de treinadores e jogadores até chegar ao momento atual em que as coisas simplesmente não se encaixam e a irregularidade técnica o mantém nas últimas colocações.
De volta da série B o Atlético conseguiu acertar o time com Vagner Mancini na mescla de jogadores experientes com jovens promissores e cumpriu boa temporada com vaga na Libertadores e finalista da Copa do Brasil. Sem maiores explicações a diretoria simplesmente desconstruiu o bom trabalho realizado e passou a exercitar alucinante troca-troca de treinadores e deixou de contratar substitutos à altura dos melhores jogadores dispensados. O resultado se reflete nos números assustadores: nos últimos 30 pontos disputados o Furacão só conseguiu somar seis.
A torcida atleticana está dividida entre o reconhecimento pela gigantesca obra da nova Arena da Baixada e o desejo de ver mudanças na diretoria, com a entrada de pessoas que entendam efetivamente de futebol e mantenham relações cordiais permanentes com técnicos, jogadores e a imprensa que, em última análise, divulga o clube e escreve a sua história para a posteridade.
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