O Campeonato Brasileiro promete ser abundante em gols. Basta correr os olhos pela relação de artilheiros em praticamente todos os times, com destaque àqueles que retornaram do futebol europeu em grande forma técnica, como Ronaldo, Fred, Kléber e, provavelmente, Adriano.
Juntando-se aos demais, a profusão de gols está assegurada para deleite do torcedor que se mobiliza em todas as capitais do país em busca da emoção do futebol, verdadeira paixão mundial.
Tecnicamente, será uma disputa bastante equilibrada, com o primeiro pelotão fortalecido os seis ou oito principais candidatos ao título e as vagas da Libertadores , o bloco intermediário com padrão de jogo satisfatório e os candidatos ao rebaixamento tentando afastar-se desde o começo do rebolo.
Os nossos dois representantes estão situados no bloco intermediário e, dependendo do que conseguirem realizar, ou alcançam o pelotão de cima ou chafurdam-se no pelotão de baixo. É uma questão de competência técnica.
Uma coisa é indiscutível no futebol: uma equipe de porte médio só consegue vencer, ou realizar eficientes campanhas, se aproximar-se dos 100% de rendimento. E, como ficou claro nas disputas entre Atlético e Corinthians, pela Copa do Brasil, próximo de 100% de aproveitamento. Ou seja, se a defesa não tivesse permitido os gols corintianos no final do jogo na Arena da Baixada e se Wallyson e Galatto não tivessem falhado nos momentos decisivos no Pacaembu, a história teria sido outra.
O Coritiba tentará se impor ao Palmeiras, preocupado com a Libertadores, mesmo jogando no Parque Antárctica, e o Atlético sonha em largar com o pé direito frente ao campeão baiano, o Vitória. O campeonato promete ser dos melhores.
Série B
O Campeonato Brasileiro da Série B apresenta como principal característica o equilíbrio, exceção feita ao Vasco da Gama, que entra com as honras de favorito absoluto.
A situação vascaína lembra a de Palmeiras e Botafogo quando disputaram a Série B em 2003; o Grêmio, em 2005; Atlético Mineiro, em 2006; Coritiba, em 2007; ou o Corinthians, em 2008. Entraram para voltar logo e com a responsabilidade de levantar o título da Segundona.
Outro aspecto interessante é a força do futebol paulista, com cinco representantes de bom nível técnico: Portuguesa, Bragantino, Guarani, Ponte Preta e São Caetano.
Os goianos evoluíram e Figueirense e Juventude são adversários que merecem atenção. Mas Bahia e Fortaleza não podem ser desprezados.
Com estas indicações, o Paraná entra na disputa tentando ficar entre os quatro que subirão. A esperança é grande, especialmente depois da contratação do técnico Zetti, que cultiva certa empatia com a torcida tricolor.
Vamos conferir a estreia, hoje, frente ao Bahia, para uma avaliação mais precisa das possibilidades do Paraná na árdua competição.
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