O troca-troca insano de técnicos colabora diretamente para o agravamento da crise que toma conta do futebol brasileiro. Primeiro porque a maioria dos treinadores não consegue apresentar os resultados esperados e a ilusão de que a simples mudança vai transformar uma equipe fraca em mediana, mediana em boa e boa em ótima, acaba logo.
Na semana passada, após conseguir sua primeira vitória – na décima rodada contra o Avaí –, o novo técnico do Vasco, Celso Roth, disse que o time já tem “organização tática e está agrupado”. Quarta-feira (8), depois de ser goleado pelo São Paulo, um atônito Celso Roth não conseguiu apresentar argumentos consistentes para explicar o resultado.
Esse mesmo Celso Roth ainda recebia salários mensais do Coritiba até outro dia, da mesma forma que Marquinhos Santos continua recebendo e Ney Franco começa a sentir a chapa esquentar por conta de três partidas sem um mísero gol. Mas logo Ney Franco, que foi recebido com pompa e circunstância, elevado à condição de salvador da pátria e que simplesmente não está encontrando palavras para justificar os maus resultados.
E terá pela frente dois jogos fora – frente São Paulo e Figueirense – e na volta receberá o Corinthians. Experiências de elevados teores para testar a capacidade de todos os envolvidos no conturbado processo futebolístico do Coxa em sua nova cruzada contra o rebaixamento.
Como o Atlético já mudou três vezes de técnico neste ano, chegou a vez de o Paraná mudar de novo.
A baixa produção do time na Série B foi depositada na conta de Nedo Xavier, que, por sua vez, defendeu-se afirmando que assumiu um grupo tecnicamente limitado e quatro dias depois estreou no campeonato.
Mais complicada ainda certamente será a missão de Fernando Diniz: afastar o Paraná do risco de queda. Quais poderes e conhecimentos ou com quais poções mágicas ele contará para tornar um time fraco mais competitivo e com capacidade para voltar a vencer?
Ninguém possui uma resposta para esse tipo de indagação, pois no futebol, como na vida, a improvisação é cobrada com rigor.
As maravilhas em desfile proporcionadas pelos dirigentes que não conseguem planejar as coisas com antecedência e muito menos manter o treinador por mais tempo, como acontece, por exemplo, com os maiores clubes europeus, escancaram as deficiências de um espetáculo que vem perdendo a sua força, o encantamento lúdico e todo o ímpeto.
O rigoroso equilíbrio verificado nas duas principais séries, bem divididas com uma dezena de times brigando na parte de cima e outra na parte de baixo da classificação, retrata fielmente a vertical queda técnica do atual futebol brasileiro.
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