Entrosado, bem distribuído em campo, consciente de sua superioridade técnica e jogando com objetividade, o Coritiba passou facilmente pelo Apucarana e colocou as mãos na taça do turno.
Em nenhum momento o adversário ameaçou e o Coxa conseguiu mostrar todo o seu vasto repertório com uma defesa segura Émerson tomou conta do pedaço ao lado do experiente Pereira , os alas Jonas e Eltinho eficientes, volantes bem posicionados, meia-cancha com mobilidade e um ataque realizador.
No plano individual, Leandro Donizete, que vai recuperando a forma, mostrou a sua importância não só pela técnica, mas pelo poder de liderança e coordenação, com direito à marcação de um gol em chute de longa distância.
A força coletiva distingue o Coritiba como o melhor time do campeonato.
No sufoco
Mesmo realizando fraca apresentação, o Atlético conseguiu vencer em Paranavaí.
O Furacão abriu a contagem com Clayton e deu a impressão de que deslancharia. Porém recuou, mostrou furos na retaguarda com Manoel e Bruno Costa falhando e nenhum poder na meia-cancha, submetendo-se ao domínio do Paranavaí, que empatou e poderia ter virado não fossem as inúmeras chances desperdiçadas.
Em contra-ataque Paulo Baier lançou Nieto que sofreu pênalti, sendo que o próprio capitão do time cobrou. O Paranavaí seguiu melhor em campo, mas, em novo contragolpe Nieto aproveitou o rebote do goleiro e ampliou. E o time da casa voltou à carga explorando a marcação frouxa e a fragilidade defensiva do Atlético diminuindo o escore.
Destacaram-se na partida os meias Márcio e Ferraz. Do lado atleticano, muito boa estreia do goleiro Sílvio, que andou operando prodígios, Vítor foi o único defensor que se comportou bem e, é claro, o dono da bola, o popular Clube Atlético Paulo Baier.
Pelo que jogou, o Paranavaí fez por merecer pelo menos o empate.
Crise profunda
Faltam apenas duas rodadas para encerrar-se o turno e, por mais estranho que pareça, o Paraná ainda não conseguiu vencer.
Algo inimaginável para o clube que nasceu grande, como um dos mais perfeitos projetos de sucesso em termos econômicos, sociais, esportivos e patrimoniais.
Nos últimos anos, entretanto, vítima de má gestão e distanciamento dos seus principais dirigentes especialmente os remanescentes do Pinheiros , o clube entrou em colapso gerencial e, consequentemente, o time, em profunda crise técnica.
A derrota para o Iraty foi apenas mais um capítulo do calvário tricolor.
Mas nada disso justifica a covarde agressão perpetrada por membros de uma torcida organizada contra o diretor Paulo César Silva. Dirigente amador e dedicado ao clube, Paulão foi atingido quando tentava explicar a dramática situação da equipe.
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