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Pelo andar da carruagem nenhum time conseguirá quebrar a invencibilidade do Coritiba no campeonato.

É tão acentuada a superioridade técnica alviverde que ninguém duvida da conquista do bicampeonato, e sem perder nenhuma partida. A curiosidade é saber se mais algum adversário conseguirá, pelo menos, arrancar o empate.

Como ninguém se habilita a vencê-lo no Estadual, aumenta a expectativa em torno da sua campanha na Copa do Brasil.

Pelo que vem jogando, o Co­­xa soma todos os requisitos para ir longe até porque, desta feita, estará livre da dupla gaúcha – Grêmio e Internacional – algozes tradicionais no torneio nacional.

Existem alguns concorrentes de renome, mas nenhum deles apresenta o mesmo aproveitamento do time de Marcelo Oliveira.

As principais cabeças coroadas – São Paulo, Palmeiras, Fla­­mengo, Botafogo e Atlético Mi­­neiro – estão desafiados a conter o ímpeto coxa-branca.

Talvez o São Paulo consiga, pelas individualidades, e o Galo pela força coletiva graças ao trabalho desenvolvido pelo técnico Dorival Junior. O Palmeiras tem sido inconstante, o Fla­­men­­go vive em torno da fantasia de Ronaldinho Gaúcho e o Bota­­fo­­go esta em crise com a queda de Joel San­­tana.

O momento do Coritiba é muito positivo e ele se mostra em condições de sonhar com voos mais altos na Copa do Brasil.

Vaias & aplausos

Se o Operário realiza campanha exemplar e o Paraná se re­­cu­­pera com uma nova safra de re­­velações que autenticam a tradição do trabalho de base do clube, o Atlético continua em crise no seu departamento de futebol.

O que parece impossível para os atuais responsáveis pelo futebol atleticano, apresenta-se fácil para os homens que tocam a equipe de Ponta Grossa, os quais, com recursos financeiros bem inferiores e sem calendário assegurado, conseguiram montar um elenco bom, barato e competitivo.

Sinal de que nem sempre o dinheiro é imprescindível. Com uma boa agenda e competência na escolha dos jogadores, as coisas fluem com naturalidade.

É intrigante a dificuldade do Atlético para acertar a contratação de um lateral direito.

O que se faz com Vagner Di­­niz parece exercício de crueldade psicológica, pois o rapaz é ti­­tular num jogo, reserva no outro e descartado do grupo em seguida para logo reaparecer uniformizado. Desse jeito não há atleta que se sinta motivado, sem esquecer de que os demais jogadores observam as ocorrências e também ficam inseguros.

Por isso, considerei um despautério a declaração de Geni­­nho transformando a Arena da Baixada em armadilha.

Se a diretoria tivesse capacidade de escolher melhor os jo­­ga­­dores, o técnico fosse mais fe­­­­liz na montagem da zaga e o time apresentasse futebol de melhor qualidade, o torcedor em vez de vaiar aplaudiria como sempre fez na longa história do Caldeirão.

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