Existem algumas atividades que parecem inatingíveis pelas leis brasileiras e, conseqüentemente, pelas penas por crimes cometidos.

CARREGANDO :)

Poderia citar o MST – Movimento Sem Terra –, que se perfila acima do bem e do mal, invadindo fazendas e praças de pedágio quando bem entende. O mau exemplo chegou às torcidas organizadas do futebol, que também perceberam que não são punidas pela violência praticada, mesmo fora dos estádios.

Aí está o técnico Luxemburgo reclamando, com razão, das agressões sofridas por integrantes, todos identificados, de uma facção de torcida do Palmeiras. Outro dia foi Leão quem sofreu esse tipo de intimidação por torcedores ligados ao Santos.

Publicidade

O estádio do Náutico está em vias de sofrer interdição por conta de problemas verificados no jogo com o Vitória.

No ano retrasado, jogadores do Coritiba e do Flamengo foram agredidos por torcedores ao desembarcarem nos aeroportos de Curitiba e do Rio de Janeiro. Ficou o dito pelo não dito.

É a violência pela violência, sem que os agressores sejam enquadrados pelo Código Penal vigente no país.

O mais grave nessa história é que diversos dirigentes continuam alimentando a prática do ódio. O futebol há muito deixou de ter rivalidade para alimentar inimizade. Alguns cartolas, na ânsia de aparecer na mídia e de firmar posição, avançam o sinal ironizando os adversários e criando um clima inamistoso que serve de combustível para os mais idiotizados pelo fanatismo clubístico. A ira explode nos estádios, nas ruas, nos aeroportos, em qualquer lugar. E ninguém é punido.

A ignorância no futebol brasileiro passou dos limites e as autoridades precisam tomar providências porque se tornou questão de urgência a punição exemplar dos infratores desses princípios comezinhos de civilidade.

Publicidade

O futuro do Paraná

Preocupante é o futuro do Paraná como time de competição forte e em condições de retornar à Primeira Divisão.

Esta foi, pelo menos, a impressão que ficou depois de ver o Tricolor livrar-se de nova queda com dificuldade e, sobretudo, de não contar com mecanismos para projetar um futuro mais favorável.

Com reduzida freqüência de público na Vila Capanema, fora do Clube dos 13, sem condições de mobilizar patrocinadores poderosos ou grande volume de associados, ao Paraná parece só existir uma única janela aberta: receber o apoio de algum grupo de investidores.

Bate-chapa

Publicidade

Pelo noticiário vejo que provavelmente teremos bate-chapa na próxima eleição do Atlético. Se esta informação for confirmada, o clube voltará a ter dois ou mais candidatos depois de 33 anos: a última eleição aconteceu em 1975, na sucessão do presidente Lauro Rego Barros, que viu o seu candidato, empresário José Pedroso de Moraes, perder no voto para o oposicionista deputado Aníbal Khury.

carneironeto@gazetadopovo.com.br