No encerramento da Eurocopa, sensibilizou a todos que acompanhavam a festa de Portugal a cena em que um menino português consolava um adulto francês, inconformado com a derrota francesa.
Em meio ao clima de ódio e intolerância que permeia os dias atuais foi tocante a imagem e, sobretudo, a atitude daquele torcedor mirim que, antes de comemorar o título inédito da seleção do seu país, prestou solidariedade ao homem desconsolado.
O abraço afetuoso e solidário foi a demonstração de que nem tudo está perdido nesse verdadeiro vale de lágrimas em que vivemos.
Eliminação
Confirmando a fase negra do futebol brasileiro o São Paulo foi o último dos nossos cinco times a sofrer eliminação na Libertadores.
É o terceiro ano que ficamos sem representante na final do principal torneio continental. A derrota em Medellín foi apenas uma formalidade, apesar dos fortes protestos contra a arbitragem, já que o Atlético Nacional havia encaminhado a classificação no Morumbi. No primeiro jogo o São Paulo levou um banho de bola dos colombianos, mas mesmo assim resistia bravamente para segurar o empate.
No final, em lance infantil beirando à irresponsabilidade, o zagueiro Maicon empurrou o atacante Miguel Borja na frente do árbitro. Foi expulso, é claro. Daí foi a vez de o técnico Edgardo Bauza cometer o erro mais grosseiro dos últimos tempos: em vez de colocar um novo defensor para garantir o empate, escalou um atacante e acabou levando dois gols. Por ironia do destino do mesmo Miguel Borja.
Atletiba
Dentro da loucura contida no calendário da CBF os times da Série B – Paraná e Londrina, que nos interessam diretamente – só voltam a jogar no fim da próxima semana.
Na Série A, Paulo Autuori ganhou quase mais uma semana para oxigenar o elenco e Pachequinho teve mais do que isso para recuperar o grupo.
O Coritiba só voltará a jogar segunda-feira, no Independência, com o Galo. Parada dura, não só pelo fato de a equipe mineira crescer perante a torcida como pela necessidade que tem no momento de mostrar serviço. Até agora o técnico Marcelo Oliveira não conseguiu engrenar o custoso elenco colocado à sua disposição.
Não são poucos os problemas que Pachequinho enfrenta para ajustar as coisas.
O Atlético fará três jogos consecutivos na Arena e reúne condições favoráveis para confirmar o favoritismo sobre os adversários: Vitória e Fluminense cumprem campanhas fracas e, entre eles, surge a Chapecoense, pela Copa do Brasil.
Todos os caminhos levam o Furacão ao ataque, pois só com profusão de gols os prognósticos positivos podem ser confirmados.
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