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Os técnicos estão no centro do palco no futebol brasileiro.

Como diria o presidente Lula, "nunca antes na história deste país..." Os técnicos de futebol concentraram tanto poder e influência sobre o esporte mais popular, mesmo com todo mundo careca de saber que os personagens mais importantes são na realidade os jogadores.

Cansada das grosserias de Dunga, mas esquecendo rapidinho da sua vitoriosa campanha no comando da seleção até a fatídica partida com a Holanda, a mídia projetou potentes holofotes sobre Mano Menezes, o queridinho da torcida enquanto durar a lua de mel.

Em alguns aspectos o esporte lembra o cinema, sobretudo modernamente quando a intensidade da cobertura dos meios de comunicação consegue transformar, instantaneamente, heróis em vilões ou criar mitos e ídolos em profusão. Aí estão Felipe Massa e Michael Schumacher para confirmar as regras do jogo. Até outro dia eram heróis intocados das pistas e agora milhões torcem o nariz só de ouvir falar em seus nomes.

Na época de ouro de Holly­wood a maioria dos filmes encerrava-se mostrando um final feliz, com o bandido castigado e o mocinho beijando a mocinha. Era o tempo em que Errol Flynn e Olívia de Havilland alimentavam os sonhos de ação e amor intenso das platéias com romances que sempre terminavam bem nas telas, mas que não davam certo na vida real.

Por mais que o espadachim in­­vencível cortejasse a bela dama, ela dava uma olhadinha no prontuário do famoso ator e conseguia escapar. Como disse um gênio do cinema: "A vida para ser igual aos filmes precisa de melhores roteiristas".

Voltando à fantasia do futebol, nenhum técnico detém os poderes do português José Mourinho que, com talento combinado com autoconfiança, personalidade forte e gosto pela polêmica tornou-se a sensação européia e a nova esperança do Real Madrid em sua escalada de recuperação.

Diversas vezes campeão em Portugal, na Inglaterra e na Itália, Mourinho desembarcou na Espanha com ares desafiadores, especialmente em relação ao Barcelona – atual melhor equipe do país. Ele trabalhou no Nou Camp na fase pré-mito, sem o glamour de hoje, e gosta de provocar os "culés" – apelido dos fanáticos torcedores do Barcelona.

Por aqui, continuamos fazendo a corte em torno de Mano, Muricy, Felipão, Dorival, Roth, Adílson e outros, inclusive os anjos quase caídos, Luxemburgo e Leão.

No plano local, Ney Franco segue em alta no Coritiba, ainda mais agora que o time assumiu a liderança; Marcelo Oliveira é encarado como uma espécie de mago em Vila Capanema e Carpe­­giani é fonte inesgotável de novidades, só faltando explicar porque insiste com Chico como meia-armador e Branquinho sentadinho no banco de reservas.

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