Com a vaga na Sul-Americana praticamente assegurada, o Coritiba continua alimentando o sonho de alcançar espaço na próxima Libertadores.
A figuração no mais importante torneio continental seria uma forma de o Coxa encerrar o ano quase perfeito.
Só deixou de ser pela oportunidade desperdiçada na decisão da Copa do Brasil, mas que pode ser amenizado com a classificação à Libertadores.
Para chegar entre os primeiros do campeonato a receita é simples: continuar jogando bem no Alto da Glória e passar a demonstrar a mesma desenvoltura fora. Para isso, o técnico Marcelo Oliveira terá de deixar de lado o tradicional conservadorismo mineiro e se mostrar mais atrevido na preparação da equipe.
Na verdade, o Coxa não correrá nenhum risco, já que se encontra no bloco intermediário e seria mais inteligente lançar-se em busca da vitória do que preservar-se fora de casa para perder de pouco. Dificilmente o sonho será realizado com o time sem a mesma regularidade quando se afasta da torcida. Para isso, o técnico e os jogadores terão de ousar mais.
Rafinha retorna e pode ser a senha para um novo estilo de jogo do Coritiba como visitante a partir do confronto com o Fluminense, amanhã, no Engenhão.
Receita complicada
Quem viu o primeiro jogo do Atlético neste ano, derrota para o Arapongas em plena Arena da Baixada; e viu o último, derrota para o Avaí, em Florianópolis, constatou no time a mesma insegurança, a mesma desorganização tática, a mesma falta de comprometimento da maioria dos jogadores e, sobretudo, a brutal fragilidade técnica do grupo. E olhem que esse elenco foi mexido e remexido através dos últimos meses, com contratações, algumas estapafúrdias, dispensas e incessante troca de treinadores e preparadores físicos.
A diretoria teve todo o tempo do mundo para recuperar o trabalho mal planejado na virada do ano, quando, ingenuamente, deitou sobre os louros do quinto lugar obtido no campeonato passado e deixou de promover a faxina imprescindível, especialmente na peça ofensiva.
Continuou na mesma toada, com a agravante de novas más contratações, culminando com a excentricidade representada pelo investimento no até agora inoperante Santiago "Morro" García.
O acúmulo de erros, a insistência no cometimento dos mesmos erros e uma administração inepta e desastrada no departamento de futebol profissional resultaram no completo fracasso em todas as competições do ano, tudo agravado pelo colapso político com a renúncia do vice-presidente eleito, o afastamento de diversos dirigentes e a abertura do clube para a ferrenha oposição que não deu trégua ao presidente Marcos Malucelli.
Receita de gestão complicada de ser compreendida, afinal, a cada rodada o Furacão mais se aproxima do rebaixamento.
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