De vitorioso dirigente de futebol, Domingos Moro transformou-se em novo rei do tapetão nos tribunais do futebol brasileiro.
Contratado por Atlético e Paraná, curiosamente ele não defende o clube de coração, sinal de que a sua saída do Coritiba não foi nada amigável o que, certamente, influiu na negativa ao convite de voltar.
Moro conseguiu livrar o Atlético de uma pesada pena, por causa do prosaico copinho plástico atirado por algum torcedor destemperado durante o jogo com o Corinthians. A punição foi excessiva e, talvez por isso mesmo, acrescida da defesa apresentada no grau de recurso, o Rubro-Negro acabou absolvido e, conseqüentemente, livre de jogar as três primeiras partidas do ano em torneios nacionais fora da Arena da Baixada.
De quebra, o lateral Michel também se livrou da suspensão.
Ele não conseguiu, entretanto, modificar a decisão referente a invasão de dois torcedores, agitando bandeiras e provocando o time do Paraná.
Essa coisa de torcedor arrumar confusão em futebol mereceu diversos estudos nos mais variados países, mas nada se compara aos hooligans, aqueles briguentos que atrasaram a vida do futebol inglês por uma década.
Lá, na ilha ao lado, os irlandocanos são mais pacíficos que os hooligans: só brigam entre eles mesmos e se dividem entre protestantes, que são a minoria, os católicos e os bêbados, que são a maioria. Em Dublin, quando tem briga, é mais ou menos como arquibancada do Pacaembu em dia de Corinthians e Juventus: os católicos batem nos protestantes o tempo todo e depois vão à missa se confessar. Os bêbados não batem em ninguém, mesmo porque, se quisessem, não iam conseguir.
Os três prazeres dos irlandeses são, pela ordem: a birita, a religião e o futebol. Sempre que podem, aliam as três paixões, crucificando os jogadores que não bebem direito.
Pois bem, Domingos Moro abraçou a carreira nos tribunais esportivos com dedicação e, em curto espaço de tempo, ganhou prestígio nos corredores da Federação local e da CBF.
Caio reflete
Caio Junior, que fez sucesso como técnico do Paraná, comemorou a conquista da vaga na Libertadores e pediu um tempo para pensar. Deve anunciar na terça-feira seu desligamento do Tricolor.
Provavelmente ele realiza a necessária reflexão, pois sabe que a glória no futebol é efêmera. Ou, em bom latim, sic transit gloria mundi. Como a glória é passageira no mundo, Caio está se preparando para enfrentar a nova temporada e um novo desafio: provavelmente, à frente do Palmeiras.
Do time paranista, com muitas as modificações e algum tempo para que tudo seja reorganizado, fala-se agora em Gílson Kleina no comando técnico.
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