Enquanto os dirigentes do Coritiba estão às voltas com o rescaldo dos dramáticos acontecimentos registrados no Alto da Glória, após o jogo com o Fluminense, e as eleições marcadas para a semana que vem, os advogados contratados preparam a defesa para o julgamento no STJD.
A queda para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro provocou prejuízos materiais e desgaste na imagem centenária do clube. A partir de amanhã, advirão os prejuízos técnicos e financeiros no futebol do clube com a punição a ser imposta pelo STJD.
Na verdade trata-se de uma missão espinhosa para a equipe de advogados que tentará promover a defesa do Coritiba na sede do judiciário esportivo nacional. As imagens falam por si, os estragos causados no estádio Couto Pereira e em diversos pontos da cidade chocaram a opinião pública brasileira.
Claro que todo julgamento tem um fundo político, social e psicológico. Mas, também neste aspecto, os fatores não ajudam a defesa do nosso representante. A mídia nacional sentenciou o Coritiba mesmo antes da realização do julgamento e caberá, agora, demonstrar que o clube esforçou-se para evitar o caos.
A começar pela denúncia do presidente Jair Cirino à polícia de que havia recebido, quatro dias antes do jogo, ameaça de setores da torcida organizada contra a sua pessoa e a integridade do patrimônio do clube, o que se confirmou logo após o apito final do árbitro.
A polícia paranaense afirmou que tomou medidas cautelares. Entretanto, mais uma vez as imagens falam por si: havia pequeno contingente de policiais dentro de campo, tanto que os torcedores bateram à vontade nos homens fardados e só recuaram com o surgimento de armas que dispararam tiros de efeito moral. Nem cães amestrados para esse tipo de conflito foram levados pela polícia ao estádio, que, pela informação prévia do presidente Jair Cirino, teria uma partida de alto risco.
Também houve falha na segurança interna, de responsabilidade do organizador do evento, tanto que a invasão dos bárbaros não foi contida. A polícia, com razão, alega que é responsável pela segurança externa, cabendo ao promotor do espetáculo cuidar da segurança interna.
Mas foram tantas as ocorrências, entre elas invasão de campo, ataque contra o policiamento, agressão ao quarteto de arbitragem, constrangimento e agressão ao time adversário e os aspectos gerais que envolvem este processo, que é aconselhável aguardar a sessão de amanhã.
O principal objetivo da defesa do Coritiba, a meu ver, deveria focalizar a diminuição da pena tendo em vista a robusta denuncia apresentada pelo procurador do tribunal. Se conseguir reduzir o valor da multa pecuniária, levantar a interdição do estádio tão logo ele esteja reconstruído e cumprir o mínimo possível de jogos fora de seus domínios nos torneios nacionais, poderá ser considerada uma vitória.
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