A seleção da Itália conquistou as Copas de 1934 e 1938 e, com a interrupção do torneio por causa da Segunda Guerra Mundial, manteve-se durante mais de uma década a exaltação ao seu futebol.
A base da “Azurra” era o Torino e havia otimismo na busca do tri, após a definição da Copa do Mundo de 1950 no Brasil.
Mas o projeto italiano foi bruscamente interrompido em 1949 quando o avião que transportava a equipe do Torino, retornando de uma partida em Lisboa, chocou-se contra a Basílica de Superga, nos arredores de Turim. Todas as 31 pessoas a bordo morreram, inclusive 18 jogadores e 5 membros da comissão técnica.
Foi o primeiro acidente aéreo envolvendo um time de futebol e, mesmo depois dos horrores da guerra, emocionou a todos.
A década de 1950 foi marcada pelo acidente em Munique que vitimou 8 jogadores do Manchester United. Dentre os sobreviventes estava o jovem Bobby Charlton, oito anos depois consagrado campeão mundial com a seleção da Inglaterra. Na década de 1960 caiu o avião que levava para La Paz a delegação do The Strongest com 18 jogadores entre 74 mortos.
O voo partiu da mesma Santa Cruz de La Sierra, de onde decolou o avião da LaMia. Empresa que já havia descumprido a regra de segurança de combustível em voo com a seleção da Argentina e o craque Messi a bordo.
Desertor da Força Aérea Boliviana, o comandante Miguel Quiroga tinha mandado de prisão decretado, mas a notícia só foi divulgada depois da tragédia.
Futebol, emoção, tragédias e paixões.
Nas arquibancadas acentuam-se as rivalidades entre as torcidas; no campo de jogo os competidores encarnam a torrente caudal do fanatismo dos torcedores e lutam pela posse da bola e pela comemoração do gol.
Adversários tradicionais e rivais irreconciliáveis se uniram na dor pelo desastre que tirou a vida de tantos esportistas naquela noite chuvosa, ironicamente, por uma pane seca na aeronave.
O futebol, cujas disputas dividem famílias, cidades, estados e países, em suas tragédias tem também a capacidade de aglutinar pessoas e sentimentos.
Isso ficou bem demonstrado em todas as emocionadas manifestações que homenagearam os heróis da Chapecoense.
Declarada campeã da Copa Sul-Americana, em gesto dignificante do Clube Atlético Nacional que se solidarizou de forma magnânima com a dor da torcida brasileira, a Chapecoense ganhou o preito eterno da comunidade esportiva.
A solenidade programada para esta noite no estádio Couto Pereira será mais uma demonstração de solidariedade, como na manifestação do Torino à Chapecoense no dia do trágico acidente: “É um destino que agora nos une intimamente, estamos com vocês fraternalmente”.
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