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Em meio ao turbilhão representado pela nova prisão do presidente da Federação Paranaense de Futebol; a desconcertante ausência do técnico Matthäus, que deixou o Atlético no meio do caminho e voltou para a Europa para resolver problemas particulares; a nova modalidade de proibir a entrada de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas nos centros de treinamentos; e ao constrangedor confronto entre torcedores e o presidente do Coritiba (após vitórias, empates ou derrotas), chama atenção a tranqüilidade no ambiente do Paraná.

A serenidade paranista contrasta com o clima vivido por atleticanos e coxas neste início de temporada.

Importante descobrir se os dirigentes e os jogadores tricolores saberão aproveitar o momento com a assunção a primeira colocação geral do campeonato e, conseqüentemente, com as vantagens do regulamento. Para uma equipe que esteve ameaçada de nem se classificar para as quartas-de-final, foi admirável a sua reabilitação, reforçada pelo triunfo obtido em Irati.

Reúne méritos o presidente José Carlos de Miranda que, dentro da sua simplicidade, encontrou soluções práticas para antigos problemas que afligiam o clube. Dentre eles, o equacionamento de diversas questões financeiras, pendengas judiciais com credores e antigos profissionais, ordenamento no departamento de futebol e o aguardado retorno à Vila Capanema. Tudo isso sem perder de vista o acompanhamento próximo e o prestigiamento ao trabalho do técnico Barbieri que, pouco a pouco, reverteu as expectativas dentro de campo.

Ou seja, beneficiado pela surpreendente derrota do Atlético em Campo Mourão e com o seu triunfo em Iraty, o Paraná assumiu a liderança geral da competição e pode fazer a decisão do título no Pinheirão.

Basta manter o rumo da campanha, mesmo com os desfalques que terá na partida returno com o Iraty, para consolidar a sua nova posição dentro do campeonato.

Semana de motivação

Claro que a ausência do técnico Matthäus atrapalhou os planos do Atlético. Porém é preciso encarar a nova realidade com tranqüilidade e sabedoria.

Tranqüilidade, que deve ser a absorção da falta que faz o comandante para manter a unidade do elenco. Na partida de domingo, contra a Adap, alguns jogadores não entenderam o espírito da coisa e atuaram de forma burocrática, sobretudo os elementos da meia-cancha que passaram o tempo todo tocando a bola lateral e protocolarmente.

Todos deveriam saber que o futebol moderno exige empenho e aplicação tática, mesmo para os bem dotados tecnicamente.

Sabedoria, no momento de definir o plano tático e de escalar o time para o jogo decisivo.

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