O Campeonato Paranaense está de volta. Revigorado pela preparação das equipes, pela expectativa do torcedor da capital de que um dos três volte a levantar a taça depois de duas temporadas de brilho de Londrina e Operário de Ponta Grossa e pela rivalidade entre as maiores torcidas.

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Quem ama de fato o futebol não considera os rivais como inimigos.

Os torcedores mais fanáticos talvez não aceitem, mas a realidade é de que existe reconhecimento quando o adversário apresenta melhores jogadores, condicionamento físico e técnico apurado, alternativas táticas bem elaboradas e, afinal, uma equipe em condições de oferecer bons espetáculos.

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Duvido que os atleticanos, mesmo os mais ferrenhos, não tenham reverenciado a arte de Miltinho, Krüger ou Leocádio; as defesas de Joel Mendes, Jairo, Manga e Rafael; a garra de Nico e Oberdan; a categoria de Fedato, Bequinha, Roderley e Cláudio Marques; a leveza de Nilo Neves e Dida; a liderança de Hidalgo e Dreyer ou os gols de Duílio, Tião Abatiá, Zé Roberto, Paquito, Eli, Luis Freire, Índio, Lela, Chicão e Tostão.

Duvido que os coxas, mesmo os mais apaixonados, não tenham reconhecido o talento de Jackson, Nilson ou Assis; as intervenções de Caju, Roberto Costa, Flávio e Weverton; a raça de Tocafundo, Zico, Julio, Gustavo e Nem; a classe de Sano, Alfredo, Nivaldo, Kelly e Fernandinho; a dinâmica de Sergio Lopes, Lino, Renato Sá, Kléberson, Adriano e Jádson; o carisma de Nilo Biazetto, Djalma Santos, Bellini e Paulo Baier ou os gols de Taíco, Zé Roberto, Sicupira, Washington, Joel, Kleber, Alex Mineiro, Ilan e Washington Stecanela.

E as duas maiores torcidas admiraram os craques que ajudaram a escrever a história do Paraná Clube, como Régis, Marcão, Edinho Baiano, Ednelson, Hélcio, Adoílson, Saulo, Maurílio, Carlinhos, Serginho, Paulo Miranda, Ricardinho e outros tantos.

O futebol tem dessas coisas. Aqueles que amam o esporte, mesmo sem saber ou admitir, amam a beleza do jogo. Todos querem que o seu time vença, mas é impossível não enxergar o adversário dentro de campo.