O futebol é mesmo um esporte extraordinário e isso foi mostrado ontem, quando a seleção brasileira arrastava-se com um pobre futebol, errando muitos passes e encontrando dificuldades para se impor a um adversário apenas aguerrido. Nos instantes finais, em duas jogadas geniais, Robinho marcou os gols que salvaram o time de Dunga de mais uma atuação sem brilho.
No primeiro tempo, a disputa foi marcada por jogadas burocráticas de ambos os lados e sem qualquer criatividade. Apenas o lance do pênalti tolo cometido pelo beque chileno mereceu destaque. Na conclusão, Robinho bateu fraco e o goleiro quase pegou, mas a bola entrou.
Na etapa complementar o jogo ficou um pouco mais rápido, com o Chile tentando o empate e o Brasil procurando o contra-ataque, mas sem arte e com excessiva quantidade de passes errados. Por mais que Dunga mexesse no meio-de-campo, a coisa não engrenava, até que Robinho tabelou com Vágner Love e saiu o segundo gol. Os chilenos se desequilibraram e Robinho aproveitou para fechar o placar numa jogada pessoal em velocidade com certeira finalização, consagrando-se como o nome da tarde e um dos maiores destaques desta Copa América.
Clássico quente
O árbitro Héber Roberto Lopes não conseguiu ofuscar o brilho dos artilheiros Josiel e Alex Mineiro, mas saiu do clássico consagrado com uma grande arbitragem.
Tranqüilo, seguro e interpretando corretamente as regras do jogo, teve autoridade para expulsar o zagueiro Danilo, do Atlético, após falta desclassificante.
Tecnicamente o Paraná foi superior e poderia ter liquidado a fatura quando estava com um jogador a mais, com o completo domínio das ações e procurando o terceiro gol sobre um Atlético taticamente desfigurado e acuado. Faltou perícia aos atacantes tricolores e sobrou sorte para Alan Bahia no tirambaço de longa distância na conquista do empate com sabor de vitória.
Mesmo enquanto esteve completo, o Atlético não se acertou, pois os alas Jancarlos e Michel jogaram mal e não colaboraram com as manobras ofensivas, sendo que na meia-cancha o predomínio foi do Paraná com grandes atuações de Vandinho e Vinicius Pacheco. Isolados no ataque, Alex Mineiro e Dênis Marques transformaram-se em figuras decorativas, sendo que no lance do primeiro gol tudo aconteceu graças à descida do volante Valencia, exercendo a função que deveria ser de Jancarlos, em cruzamento perfeito para a cabeçada de Alex Mineiro.
Com a justa exclusão de Danilo, o Furacão tornou-se vulnerável e apenas defendeu-se até o surpreendente empate que salvou a noite rubro-negra. Com dois gols de Josiel e superior em todos os quesitos, só faltou ao Paraná aquele algo a mais para chegar ao terceiro gol.
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