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carneironeto@gazetadopovo.com.br

Acompanhando os jogos do Campeonato Paranaense temos a sensação de estarmos em um parque de diversões onde tudo é possível acontecer. Senão vejamos: campos ruins; arbitragens atrapalhadas; técnicos em experiência, visivelmente nervosos; times titulares capengas; times reservas medíocres; jogadores esforçados; jogadores sem inspiração; enfim, um festival daqueles.

É claro que nessa autêntica roda da fortuna alguma coisa boa há de ser extraída. São os chamados salvados do incêndio que, por isso mesmo, merecem nota.

Nesse começo de temporada tem sido desconcertante o comportamento do Paraná. Primeiro, porque dos mais fortes candidatos ao título, é aquele com maior grau de responsabilidade – pelo fato de ser o atual campeão –, mas, como desmontou o time, teve de remontar tudo sob o comando de Zetti. Pelo jeito a coisa vai acabar dando certo mais uma vez, pois os novos contratados começam a apresentar suas credenciais técnicas, com destaque para o atacante Josiel, autor de três gols sábado, e também para Xaves, Gérson e Henrique.

Pode perguntar o torcedor paranista: mas como explicar aquela goleada em Engenheiro Beltrão? Vamos depositá-la na conta do salto- alto da trupe, que se poupou um pouco para mostrar a graça nos jogos da Vila Capanema, já que o principal objetivo é mesmo a Taça Libertadores da América. Que assim seja.

Mesmo sob vaias em casa e com nova derrota ontem, não se pode esquecer de registrar o fato de o time B do Atlético ter encerrado a partida em Cascavel com a presença de oito juniores em campo.

Como está em fase de testes, não deixa de ser louvável.

Porém, Erandir, que perdeu a vez no time A talvez perca a vez no próprio elenco, diante do mau futebol e da expulsão. O cartão vermelho foi mais merecido do que o amarelo que levara momentos antes. Em sua obtusa ingenuidade, Erandir praticou um lance violento no momento em que o Furacão lutava por novo empate no jogo de sete gols.

No Coritiba, o retorno de Keirrison e a nova oportunidade para Pedro Ken significaram alguma coisa após a humilhante derrota para o Cianorte e o sofrido empate com o Nacional.

No jogo de Rolândia, o estado lastimável do gramado, por causa de suas próprias más condições agravadas pela chuva, atrapalhou o pobre futebol de Nacional e Coritiba.

Foram chutões para todos os lados, bolas cruzadas sobre as áreas na esperança de que uma cabeça abençoada ou um rebote significasse perigo de gol. Tecnicamente, a partida foi horrorosa e o empate o resultado mais justo.

O Paranavaí voltou a se impor jogando em casa, derrotando o Engenheiro Beltrão e mantendo a liderança do campeonato. Sinal de que os times da capital precisam acordar antes que seja tarde demais e o Vermelhinho carregue para a segunda fase as vantagens do regulamento na luta pelo título estadual.

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