Os favoritos não se apresentaram bem e a rodada frustrou os torcedores na parte técnica. Justiça seja feita ao J.Malucelli, que tem se revelado o melhor, já que a dupla Atletiba anda alternando razoáveis e maus momentos, longe de agradar em cheio.
No Alto da Glória, o Coritiba fez 1 a 0 e só. Passou o restante da partida tentando administrar a vantagem sobre o esforçado Cianorte sem maiores emoções. Na Arena da Baixada, o Atlético fez 2 a 0 e só. Julio dos Santos, o único armador com técnica nesse sofrível elenco atleticano, foi o destaque. Pelo jeito, após meses de experiências, o técnico Geninho resolveu apostar no paraguaio. Mas o resto continua uma lástima, com Marcinho parecendo morto-vivo, ocupando o espaço de algum júnior que certamente teria mais a oferecer.
À tarde, em partida bem disputada, o J.Malucelli encontrou dificuldades, mas conseguiu impor-se ao Iraty, mantendo seqüência ascendente no campeonato. Em Rolândia, jogo de muita marcação, truncado e com cara de 0 a 0 entre Nacional e Paraná.
Pode ser melhor
Exceto a convincente vitória sobre a Itália, no amistoso em Londres, nas últimas partidas o torcedor brasileiro ficou com a sensação de que a seleção pode ser melhor.
Na vitória sobre o Peru a seleção não conseguiu empolgar. A questão nuclear é que nos acostumamos com grandes seleções brasileiras. Entretanto, com os jogadores disponíveis parece ser difícil a formação de um time espetacular. Uma grande seleção se faz com grandes jogadores e a safra atual é bem singela.
Craque, craque mesmo, só Kaká. Romário, Ronaldo Fenômeno e Rivaldo foram os últimos de uma geração campeã.
O jogo que era para ser uma festa em Porto Alegre, mostrou o Beira-Rio quase vazio e vaias em vez do apoio que Dunga contava por ser da "aldeia".
A decepcionante presença do publico aconteceu pelo preço exorbitante dos ingressos e, principalmente, pela intervenção dos cambistas que acabaram micados; as vaias surgiram nos momentos em que a seleção baixou o ritmo e errou muitos passes.
Dunga continua fortalecido no comando e provavelmente irá a Copa da África do Sul. Se vai conquistar o titulo é outra história. Trata-se de um treinador com fortes convicções e poderosas teimosias.
Goleada histórica
Há 51 anos a seleção argentina não sofria uma goleada de 6 a 1. O catastrófico resultado de anteontem, frente a Bolívia, havia acontecido pela primeira vez na Copa de 1958, na Suécia, quando os argentinos foram goleados pela Tchecoslováquia.
Maradona sentiu o impacto da derrota humilhante, mas reconheceu o mérito do adversário, que, como se sabe, mais uma vez tirou proveito da altitude de La Paz. Só que Maradona não pode dizer nada a respeito, já que apoiou partidas na altitude ao lado do presidente Evo Morales.