0s aforismos da sabedoria popular são uma forma de transmissão de conhecimento. De um conhecimento abrangente, sedimentado no tempo e na experiência, que não se atém a detalhes ou situações específicas.
Servem como uma orientação geral para o nosso comportamento. Por exemplo: ao dizer que “o combinado não é caro”, a sabedoria popular nos ensina a respeitar os compromissos assumidos, porque quem assim proceder certamente será mais bem-sucedido, embora, eventualmente, possa haver quem não cumpra a palavra empenhada.
Minutos seguintes à sua eleição, ainda meio zonzo pelo início das comemorações, mas já disposto a arregaçar as mangas, Luiz Sallim Emed – novo presidente do Atlético – propôs reunificar as correntes políticas do clube.
A campanha eleitoral foi árdua, marcada por dissidências, uniões em cima da hora, antigos líderes em liquidação atrás da melhor oferta para apoiar algum candidato, uso de ex-jogadores como cabos eleitorais, um pouco de baixaria e, finalmente, uma eleição pacífica, bem organizada e que apontou o triunfo da situação por estreita margem de votos.
Vitória incontestável, confirmando o reconhecimento da maioria à figura do realizador Mario Celso Petraglia, à partir de agora presidente do Conselho Deliberativo.
Entretanto, os números indicam que o Atlético está dividido entre aqueles que valorizam mais a expansão patrimonial e aqueles que são agradecidos pela obra hercúlea de Petraglia, mas querem ver um time vencedor em campo.
Diante das circunstâncias atleticanas, surgiram bem-vindas as primeiras palavras do presidente Sallim para um projeto de pacificação para o bem do clube.
O mandato de quatro anos é mais do que suficiente para atender todas as demandas.
E a sabedoria popular nos ensina que “de boas intenções o inferno está cheio”. É como que a nos dizer que o resultado alcançado pode não ser fruto apenas das intenções, nem da intensidade de nossos esforços, mas, exclusivamente, de seguirmos o caminho certo, o caminho que nos levaria ao destino desejado. De nada adiantam intenções e esforços, se não forem feitos na direção certa.
Pela estrutura construída nos últimos anos, pelas diversas fontes de renda disponíveis à partir da exploração do complexo da Arena da Baixada e pelas possibilidades de arrecadação junto a patrocinadores e anunciantes, só falta a formação de um time de futebol competitivo.
Somente com bons jogadores em campo, alguns novos ídolos dentro do possível e um trabalho profissional de alto nível é que o número mágico de 40 mil sócios poderá ser alcançado.
Falta pouco para o Furacão ser efetivamente grande e Sallim sabe disso.
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