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Dois jogos e dois empates de dois times tecnicamente limitados. Esta poderia ser a síntese dos confrontos entre Atlético e Vasco, porém na partida de ontem ficou muito claro que sem ataque é impossível quebrar tabu e avançar na competição.

Com Lucas aposentado – em mais uma frustrante contratação nesta temporada de inúmeros equívocos da diretoria – e Adaílton lesionado, em vez de apostar em Nieto, que não por acaso marcou o gol atleticano, o técnico Adilson Batista preferiu insistir com o improdutivo Guerrón. Além da omissão em campo, Guerrón desperdiçou a melhor oportunidade de gol no primeiro tempo.

Mesmo nervoso, errando muitos passes e mostrando que é um time carente de maiores recursos, o Vasco conseguiu a classificação depois de levar um susto no gol do Furacão e um sufoco nos instantes finais.

O jogo foi eletrizante, pois a maioria dos participantes procurou superar as carências técnicas com muita luta e desenvoltura, fazendo com os arqueiros trabalhassem bastante.

A jogada do gol paranaense começou com o eficiente ala Rômulo que roubou a bola no campo de ataque e serviu a Madson, o qual lançou Nieto à perfeição e o gringo bateu na saída do goleiro Fernando Prass. Madson é outro que tem sido mal aproveitado por Adilson Batista em nome de três volantes que não sabem armar jogadas ofensivas.

Em vez de segurar o resultado que lhe daria todas as vantagens, o Atlético cedeu o empate em falha grosseira do zagueiro Manoel, que sequer tentou disputar a bola no ar com o atacante Élton. Manoel ficou pregado ao solo apenas olhando o vascaíno cabecear com sucesso, demonstrando que a sua queda de produção é mais acentuada do que se poderia prever.

Eliminado do torneio, o Atlético volta-se para o Campeonato Brasileiro consciente de que as últimas contratações foram bem melhores do que as que foram realizadas anteriormente, mas necessita, urgentemente, de pelo menos um grande atacante.

Fim do encanto

A quebra da maravilhosa sequência de vitórias e, consequentemente, da invencibilidade nesta temporada fez o Coritiba descer do Olimpo da bola, recolocando-o no mesmo nível dos times normais.

Mesmo derrotado pelo Palmeiras, o Coxa assegurou a classificação para as semifinais da Copa do Brasil devendo cruzar armas com o surpreendente Ceará.

Foi melhor para o nosso representante enfrentar o Ceará, uma equipe bem amarradinha, mas nada excepcional. Ao contrário, pelo seu peso histórico, influência na mídia e pressão exercida pela torcida no Engenhão, o Flamengo seria adversário mais difícil.

O Coritiba, mesmo com o fim do encanto da invencibilidade, reúne todas as condições técnicas para chegar as finais do torneio.

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