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Coritiba e Atlético, favoritos naturais à conquista do título paranaense, ficaram com cara de tacho depois do clássico sem glamour, sem gols e sem festa, porque até a torcida atleticana sentiu-se sem graça com a ausência forçada dos torcedores coxas.

Estão na dependência do Cianorte, que se vencer em Ara­­pongas, será o campeão do turno. Porém, moralmente e pelas chances matemáticas que persistem, a dupla Atletiba está obrigada a vencer suas partidas.

Mas o assunto da coluna de hoje é outro: a grave crise política e técnica que se abate sobre o futebol brasileiro. Talvez política nem tanto, afinal Ricardo Teixeira vai continuar no comando da CBF e, consequentemente, do COL, o comitê local da Copa. Foi o que deu para extrair do noticiário oficial da entidade, segundo o qual o presidente da CBF passou o carnaval em Miami e retornou para mexer os cordéis na assembleia geral por ele convocada para a próxima quarta-feira.

A maioria das federações estaduais deve prestar tributo à liderança do dirigente que há mais tempo comanda o futebol brasileiro. Trocando em miúdos: ele só deixará o cargo quando bem entender.

Mas a crise técnica preocupa, talvez não aos cartolas que só pensam nos negócios, mas a nós, torcedores e amantes do futebol, que acompanhamos um dos piores momentos da maioria dos grandes times e, sobretudo, da seleção.

Assisti a diversos jogos nos últimos dias e fiquei pasmo com a baixa qualidade das equipes e de alguns jogadores que acabaram de ser convocados para a seleção, como Ronaldinho Gaúcho, por exemplo. Pelo que vem mostrando, ele só continua titular no Flamengo pela falta de alguém mais capacitado ou apenas pelo peso da fama.

Botafogo x Fluminense, que fizeram uma das semifinais da Taça Guanabara, foi uma pelada daquelas, decidida nos pênaltis. O Botafogo continua com um time fraco. O Fluminense investiu uma fortuna, mas o técnico Abel Braga não consegue dar padrão de jogo ao grupo. O Vasco é a melhor equipe carioca, mas mostra pouco para um estado que conta com três representantes na Liberta­­dores. Sinal de que os outros estão em pior situação.

A pouco mais de quatro meses dos Jogos Olímpicos de Londres, o técnico Mano Menezes ainda não realizou um único treino com a equipe que tentará a inédita medalha de ouro, único título que falta ao nosso futebol.

A preparação, evidentemente, está atrasada e o time não possui nem esboço, até porque a preocupação maior é fazer a seleção principal vencer adversários fracos para fortalecer o treinador e iludir o torcedor.

Terça-feira, no interior da Suíça, a seleção medirá forças com a "temível" Bósnia-Herze­­govina. Corrente pra frente, diante de tanta emoção!

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