Milhões de torcedores brasileiros ainda não se conformaram com a nova eliminação nas quartas de final da Copa. Incluo-me entre eles, já que, mesmo reconhecendo a limitação técnica da equipe, acreditei que ela poderia chegar à final pelo nível das demais seleções.
O maior problema do Brasil foi o desequilíbrio emocional, inicialmente de Dunga e Jorginho, na clausura no CT do Caju, em Curitiba, que se estendeu a concentração na África do Sul, tomando conta dos jogadores, que se transformaram em pilhas carregadas de nervos.
As reações de jovens simpáticos como Kaká, Robinho e outros que, em vez de jogar, pareciam dispostos a sair no braço com os holandeses, foram a expressão do nervosismo que minou a capacidade de reação do time.
Além disso, identifiquei na ausência de jogadores fora de série a dificuldade de a seleção superar as deficiências diante de rivais nem tão fortes assim.
Se na Copa passada tivemos craques extraclasse, como Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho completamente fora de forma física, além de jogadores normais como Juninho, Robinho, Adriano e Kaká que não se apresentaram bem, desta feita não contamos com a vantagem fundamental nas cinco conquistas do nosso time.
Para vencer os cinco títulos mundiais o Brasil sempre contou com dois ou mais craques fora de série: no bi, em 1958-1962, Pelé, Garrincha e Didi; no tri, em 1970, Pelé, Tostão, Gerson e Rivelino; no tetra, em 1994, Romário; e, no penta, em 2002, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo.
Quando não conta com jogadores excepcionais dessa linhagem, a seleção iguala-se aos demais concorrentes e acaba decepcionando.
A exceção, que serve para confirmar a regra, foi a formação na Copa de 1982 que, mesmo com jogadores do nível de Zico, Sócrates, Falcão, Cerezo e outros, nem sequer chegou às semifinais.
Sem craques que desequilibrem, a seleção brasileira necessitará de um técnico experiente e criativo, com competência tática para organizar um time competitivo e não um bando de desesperados como se viu no jogo com a Holanda.
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