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Mano Menezes está com o serviço atrasado na formação da equipe que disputará os Jogos Olímpicos de Londres; e a CBF está em fase de transição, portanto, sem condições de cobrar eficiência do treinador – a não ser o constrangimento de ter mostrado a lista dos convocados ao novo presidente antes da sua divulgação.

O fracasso na Copa América e a falta de vitórias em amistosos contra seleções do primeiro escalão desgastaram o selecionador nacional e afetaram diretamente o time olímpico que tentará a conquista da inédita medalha de ouro, único título que falta ao futebol pentacampeão do mundo.

Só no sábado pudemos observar o esboço do time olímpico. Tomara que o projeto decole com sucesso, pois badalação em cima de Neymar e de outros jogadores não tem faltado por parte da mídia, ávida pela criação de ídolos para alimentar os sonhos e as ilusões dos apaixonados torcedores.

Se as coisas tivessem corrido como manda a cartilha da lógica e do bom senso, o time olímpico estaria pronto e em condições de, efetivamente, disputar o ouro. Mas, lamentavelmente, isso não aconteceu e por causa da necessidade de conseguir bons resultados para se manter no cargo, o técnico Mano Menezes se viu forçado a adiar o início do projeto olímpico, que só agora foi retomado com a imprescindível seriedade.

Ninguém mais do que Mano Menezes sabe que ele está acendendo a chama do forno onde se cozinha a história e da mesma forma que pode inserir o seu nome no panteão dos heróis, pode sair queimado como tantos outros no passado.

Os jogadores foram escolhidos e todos parecem conscientes da responsabilidade assumida, tanto que surpreenderam com atuação satisfatória no amistoso frente à Dinamarca e prometem o mesmo empenho, logo mais, contra os EUA.

Individualmente, os jogadores convocados são conhecidos e não se discute a capacidade de cada um, mesmo porque todos já demonstraram as suas qualidades atuando pelos clubes que os mantém sob contrato. A dúvida é quanto ao estilo de jogo da equipe ou, por outra, a configuração tática que será determinada pelo técnico.

Todos sabem que o moderno mantra do futebol mundial é o Barcelona, porém nem mesmo a seleção brasileira reúne condições de imitar ou nem sequer aproximar-se do padrão técnico desenvolvido pelo fantástico time espanhol. Foram anos de trabalho, formação, dedicação e aprimoramento até chegar ao elevado nível alcançado por Guardiola e seus comandados.

O Barcelona chega a dar 28 passes seguidos e, Mano Menezes, humildemente, anda pedindo que os atuais jogadores da seleção pelo menos acertem 3 passes sem errar. É a dura realida­­de do atual futebol brasileiro, que precisa percorrer longo caminho para não decepcionar, de novo, a torcida e o povo na Copa de 2014, a segunda a ser disputada em nosso país.

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