O futebol brasileiro afoga-se em hipocrisia.
Atitudes oportunistas, moralismo de ocasião e decisões levianas contribuem para o desgaste do esporte mais popular do país.
Oportunismo dos clubes que recorreram ao STJD, pedindo a paralisação do Campeonato, por causa do registro do jogador Getterson, do J. Malucelli; moralismo de beco do presidente da Federação ao obrigar o árbitro a suspender o clássico Atletiba; decisões levianas como a proibição do uso da grama sintética e a mudança das regras nas eleições da CBF.
Em vez de solicitar a antecipação do julgamento no STJD, a Federação confirmou a 1.ª rodada das quartas de final que, dependendo da decisão no maroto tapetão, pode torná-la nula [o jogo Londrina 1 x 3 J. Malucelli só será homologado após julgamento no STJD].
Nos dicionários a definição de tapetão é que “se trata de uma expressão muito usada no mundo do futebol. É quando um time perde em campo, mas quer ganhar na Justiça. Os tribunais futebolísticos são recheados de histórias inescrupulosas onde o time perdedor no campo sai vitorioso no tapetão”.
Há algum tempo, o intelectual Tato Taborda Ribas, desembargador aposentado da Justiça do Trabalho, ao ler minha coluna com o título O tijolo e a bola, enviou a seguinte mensagem: “Nem os tijolos, feitos de sólida argila, podem ser mais duros que meu coração, ao ver desmoronar uma estrutura de venais cartolas, que detestam os que tratam bem a bola”.
Rodada
Torcendo para que os resultados tenham valor, três visitantes se deram bem na rodada.
O J. Malucelli jogou melhor que o Londrina, tirou proveito da expulsão do meia Germano e fechou 3 a 1 no Estádio do Café.
O Cianorte confirmou que está bem preparado e venceu em Prudentópolis por 2 a 0, com destaque ao golaço de Léo Gago: chute de longa distância que surpreendeu o goleiro adiantado.
O Coritiba massacrou o Cascavel no Estádio Olímpico com quatro gols na etapa inicial e Neto Berola encerrando a conta na etapa complementar. Foi uma apresentação avassaladora do Coxa no primeiro tempo, quando assegurou o triunfo e jogou o restante para administrar a vantagem adquirida.
O Atlético tirou proveito da timidez tática do Paraná e da expulsão de Róbson para reabilitar-se na Arena da Baixada.
Foi um jogo disputado com ardor, porém sem brilho técnico, mas o Furacão fez por merecer o resultado.
Jogando de 20 em 20 dias o time titular do Atlético ficou sem ritmo, além de não contar com uma meia-cancha criativa e um ataque realizador.
Finalizou a primeira vez aos 46 minutos da etapa inicial com Rossetto e marcou o gol da vitória dois minutos depois com Eduardo da Silva, aproveitando grave falha da zaga e do goleiro Léo.
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