Com o mesmo slogan de toda antiga pensão familiar que mudava de do­­no, o futebol do Atlé­­ti­­co está "sob nova direção".

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Ou, pelo menos, esta é a idéia do torcedor em torno da volta do experiente dirigente Valmor Zimermann.

Antes, é importante esclarecer que, entre outras coisas, Valmor carregou o clube nas costas durante quase 20 anos como presidente de um grupo de ajuda chamado "Retaguarda Atle­­ti­­cana". De 1974 até a revolução li­­­­d­­erada por Mario Celso Pe­­tra­­glia, que também integrava a equipe de abnegados, a história do Furacão girou em torno deles.

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O seu retorno está cercado de expectativa porque, para variar, o time nem bem começou o campeonato e já se encontra na zona de rebaixamento. Mas não é só isso, pois todos esperam que, após longo e tenebroso inverno, seja mudada a acanhada política de contratações e, sobretudo, se recupere o apetite de ser campeão.

É preciso acabar com esse negócio de o time do Atlético ser reforçado para o Campeonato Brasileiro dentro do próprio Campeonato Brasileiro.

Está sempre atrasado em relação aos concorrentes e até o fim disputa com uma espada acima da cabeça, em desespero para se salvar do rebaixamento.

Uma vitória, hoje, pode significar a esperada virada.

Toscano

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Seria injusto com os demais jogadores e com o técnico Marcelo Oliveira depositarmos apenas na conta de Toscano os louros da goleada no interior fluminense.

Mas que ele fez a diferença não resta qualquer dúvida. Autor de três gols e com participação ativa na partida, Toscano foi o nome do jogo em que o Paraná goleou, im­­piedosamente, o Duque de Caxias e firmou-se entre os primeiros colocados do campeonato.

A maior virtude do novo time tricolor é a aplicação tática e o aguerrimento, dentro ou fora de casa. Isso significa muito para uma equipe que andava sem confiança e tropeçando nos próprios erros.

Méritos do técnico Marcelo Oliveira que não só armou bem o time como injetou ânimo em todo o elenco.

No sufoco

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Até que no primeiro tempo o Cori­­t­­iba conseguiu apresentar bom futebol, envolveu o Bra­­si­­lien­­se, marcou o gol através de Ariel e deu a impressão de que não encontraria maiores dificuldades para assegurar o primeiro triunfo no campeonato.

Na etapa complementar, entretanto, o Brasiliense melhorou o posicionamento e passou a pressionar o Coxa até que obteve o empate. Na jogada, os zagueiros ficaram marcando a bola com os olhos e nenhum deles esboçou reação para tentar evitar o gol adversário sem chances ao goleiro Édson Bastos.

Bateu o desespero e o jogo se transformou em duelo de vida ou morte até que, no sufoco dos acréscimos, Triguinho conseguiu desviar de cabeça e garantir a sofrida primeira vitória coxa-branca.

A expulsão de Ariel foi muito ruim para os planos do técnico Ney Franco.

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