• Carregando...

Para muitos pensadores a vida é movida a sonhos – que tanto podem ser grandes como pequenos. A busca por realizações grandiosas sacode a rotina dos humanos, embora desilusões, frustrações e desenganos também façam parte do roteiro reservado para cada indivíduo. No esporte não é diferente. Coritiba e seus apaixonados seguidores curtem hoje o arrebatamento que representará uma vitória sobre o São Paulo, equipe que melhor se desenvolveu durante o campeonato, conseguiu derrotar o líder Cruzeiro jogando bem e entrou na disputa pelo título de campeão.

Vencer o São Paulo não chega a representar exatamente um desafio, afinal muitos foram os sucessos registrados a favor do Coxa no Alto da Glória. O problema é a situação na classificação atual que provoca a torcida coxa-branca a chorar e rezar na esperança de poder rir e pular com um resultado favorável ao final da noite.

Tecnicamente é reconhecida a superioridade da equipe paulista no momento, não só pelo peso dos valores individuais que conseguiu reunir como pela força coletiva que Muricy Ramalho imprimiu. O Coritiba, ao contrário, é um time ainda em fase de arrumação, indicativo de que a diretoria errou à vontade, tanto na escolha de treinadores quanto na contratação de reforços. No item reforços, o torcedor chega a ficar deprimido diante das escolhas feitas, com destaque aos atacantes que simplesmente não conseguem resolver a grave falta de gols. Zé Love, por exemplo, em vez de mostrar qualidades como homem de frente realizador se transformou em personagem com caretas, trejeitos, quedas, reclamações e, é claro, vasto repertório de oportunidades de gol desperdiçadas.

O recente episódio com Giancarlo, tirado do Paraná, revelou que a cartolagem alviverde anda sem norte e se desorientou pela soberba. Mas restam os sonhos, desde que não se transformem em novos pesadelos.

Espeto corrido

Depois de a diretoria ter proporcionado novo festival de equívocos na contratação de técnicos – em 2012 durante a campanha na Série B verificou-se o mesmo fenômeno –, tudo indica que Claudinei Oliveira foi mesmo o único acerto e caberá a ele seguir com a tarefa de reestruturação do elenco para que o Atlético cumpra campanha satisfatória até o final.

O espeto corrido de besteiras foi feito e agora só resta trabalhar para recuperar o padrão de jogo da equipe com a escolha do melhor jogador para cada posição, a definição tática que se mostrou eficiente nos dois últimos jogos e a ascensão técnica dos principais jogadores, com a recomposição do falho sistema defensivo e melhor aproveitamento dos atacantes Marcelo e Douglas Coutinho.

Eis aí a chave para o sucesso no difícil confronto com o Cruzeiro, no Mineirão: firmeza na zaga e surpresa nos contra-ataques.

Dê sua opinião

O que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]