O supermando criado pelas inteligências raras da Federação que redigiram o regulamento do Campeonato Paranaense continua na pauta ao mesmo tempo em que se analisa a superperda de mando do Coritiba em competições nacionais.
E, se não conseguir reconstruir o Estádio Couto Pereira a tempo, o Coxa também não poderá disputar jogos do estadual em casa.
O STJD liquidou com as pretensões da Federação e o supermando foi mantido.
Na realidade houve supermando desde que o Coritiba edificou o novo estádio no final da década de sessenta. Dali até o surgimento do Pinheirão ou, sobretudo, da Arena da Baixada todas as partidas importantes ou decisivas foram realizadas no Alto da Glória.
Os melhores momentos nacionais de Atlético e Colorado aconteceram no Estádio do Coritiba, inclusive o recorde de publico em todos os tempos no jogo semifinal do Brasileiro de 1983 entre Atlético e Flamengo. O Pinheiros também conquistou o primeiro título no Alto da Glória, no quadrangular em 1984 com turno e returno integralmente jogado na praça coxa-branca.
O Colorado decidiu os títulos de 1975, 1976, 1979 e 1982 no Alto da Glória, tanto quanto o Atlético em 1972, 1978, 1983 e em 1990.
Acredito que este registro histórico possa enriquecer o debate em torno do polêmico supermando.
Crueldade
A tradicional família Viana chora a morte do jovem atleticano após o último Atletiba e a enfermeira Tânia Regina da Silva lamenta a sua tragédia particular após a barbárie de domingo.
Mesmo sem acompanhar futebol e nunca ter entrado em um estádio, Tânia foi vítima da crueldade dos torcedores do Coritiba que promoveram quebra-quebra na cidade inteira por conta do rebaixamento do time.
Ela lastima a perda de três dedos de uma das mãos, o risco de ficar sem audição em um dos ouvidos e precisará passar por cirurgia plástica no nariz, além do drama de enfrentar dificuldades para continuar desempenhando a sua profissão.
Tudo por causa de uma bomba caseira que explodiu dentro do ônibus onde ela se encontrava, bem distante do estádio Couto Pereira. A enfermeira tentou jogar o artefato pela janela do ônibus e não deu tempo.
Este é apenas um dos inúmeros casos de vítimas atingidas pela selvageria dos delinquentes travestidos de torcedores.
Nova aposta
Em vez de seguir com Roberto Cavalo, que tem experiência na Série B e já conhecia as manhas do Paraná, a nova diretoria resolveu apostar no mineiro Marcelo Oliveira.
Ex-jogador de sucesso no Galo, Marcelo tem um currículo modesto como treinador e representa uma incógnita para o time tricolor.
Sem recursos financeiros e ainda esperando pelo apoio anunciado por um grupo de empresários na fase eleitoral da sucessão diretiva, o Paraná caminha lentamente em busca da ampla recuperação em 2010.
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