Todos sabem que as coisas sempre foram complicadas no futebol paranaense.
Em primeiro lugar, porque a maioria dos dirigentes sofre de atroz vaidade pessoal; segundo, porque as paixões clubísticas ou os interesses pessoais são colocados acima de qualquer outro propósito e, finalmente, a desastrada participação do poder público no processo de desenvolvimento do futebol paranaense.
Se, individualmente, os clubes se esforçaram para a edificação dos seus patrimônios, mesmo com os três principais estádios apresentando características ainda distantes do proposto pela Fifa para a realização de jogos oficiais da Copa do Mundo, jamais se viu o empenho do governo estadual ou municipal na construção de um estádio modelo, definitivo e que atendesse as necessidades esportivas da capital.
Se, individualmente, os clubes se esforçaram para a construção de centros de treinamentos, para a formação de jogadores e pela manutenção de equipes competitivas que trouxeram tantos títulos e alegrias ao torcedor paranaense, a Federação age como legítima concorrente dos clubes, mais atrapalhando do que ajudando na organização do campeonato local.
Agora, a poucos dias de o governo indicar a sede dos jogos para a Copa do Mundo de 2014 em Curitiba, observa-se verdadeira carnificina nos bastidores e nos subterrâneos da política e do futebol.
De um lado o Atlético, com o projeto de conclusão e viabilização financeira, sem o recurso de dinheiro público, da Arena da Baixada prontos e em condições de atender todas as exigências do caderno de encargos da Fifa; de outro lado, unidos contra o Atlético, encontram-se a Federação, o Coritiba e o Paraná.
Todos sabem que o projeto de reconstrução do Pinheirão mais parece um salto no escuro do que alguma coisa real e palpável. Mesmo assim, os presidentes do Paraná e do Coritiba embarcaram na canoa da Federação. O mais preocupante é que até mesmo o governo do estado acena com a possibilidade de também pedir carona nessa canoa temerária.
Não tenho nada pessoal contra o senhor Onaireves Moura. Até pelo contrário, reconheço nele espírito empreendedor, ousadia e obstinação. Porém, ele faz lembrar o suplício de Tântalo, tirado das tragédias gregas.
E os deuses gregos, como todos sabem, eram vingativos.
Tântalo, filo de Zeus, recebeu as divindades do Olimpo e roubou o néctar e a ambrosia, que entregou aos mortais. Como castigo foi mergulhado no inferno. Toda vez que ia beber, as águas se afastavam; toda vez que ia comer, os ventos afastavam os galhos e as frutas caiam no chão. Assim, sempre que procurava ardentemente alguma coisa Tântalo via lhe escapar o que estava próximo e continuou sofrendo eternamente.
Na tragédia do futebol paranaense, o que se observa é a mediocridade e a ausência de grandeza para um evento de tamanha magnitude.
É um suplício observar tanta mesquinharia e falta de imaginação.
Trégua no Coxa
Estádio vazio na noite fria de Itu, xingamentos e gritos dos participantes transmitidos pela televisão em jogo com cara de Segunda Divisão. Disputando com ardor e disposição pelos jogadores, mas com técnica inferior e poucas jogadas interessantes.
Saiu-se melhor o Coritiba que começou com mais disposição e bem distribuído sob o ponto de vista tático. Mas perdeu o atacante Henrique Dias ainda no primeiro tempo por expulsão. Um erro do árbitro, diga-se, já que o jogador coxa-branca disputou a bola sem intenção de atingir o adversário.
Mesmo com um homem a menos o Coxa continuou atacando, insistindo até que foi premiado pela cabeçada de Keirrison, que voltou a ser titular e marcou o gol da vitória.
No segundo tempo o Ituano atacou, mas o Coritiba revelou capacidade defensiva e garantiu uma semana mais tranqüila.
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