Um bom elenco pode não formar um bom time, mas não existe bom time sem bom elenco.
Seria como os dois filmes mais incensados de todos os tempos – Cidadão Kane e Casablanca – sem o protagonismo de Orson Welles no primeiro e Humphrey Bogart no segundo.
Mesmo com o diretor fazendo mais diferença no cinema do que o treinador no futebol, sem o charme de Welles e o carisma de Bogart os dois cultuados filmes dificilmente se eternizariam no universo cinematográfico.
Um bom diretor pode transformar um artista com limitações cênicas em sucesso na tela. Foi assim, por exemplo, com Kim Novak em Um corpo que cai: transformada no enigma do filme, ora tão sedutora, ora tão distante da realidade.
Mas um técnico não faz de um Oscar um Gerson; de um Hulk um Tostão.
Pode tentar criar situações em campo para que o jogador se supere, encontre o seu espaço e desempenhe melhor as funções a ele atribuídas. Pode até trabalhar a mente do jogador procurando motivá-lo para tentar superar eventuais limitações técnicas.
O protagonismo é mais notado nos personagens principais das encenações no teatro e no cinema. Nos esportes coletivos é mais difícil, apesar de gênios como Pelé, Garrincha, Cruyff, Maradona, Ronaldo, Zidane, Messi, Cristiano Ronaldo e mais alguns poucos terem se destacado como protagonistas indiscutíveis em suas equipes.
Se o diretor de cinema é o dono da produção e, consequentemente, o arquiteto do produto final que vai aparecer na tela, o treinador de futebol consegue 30% do resultado de uma temporada.
Alguns treinadores acreditam na participação de no máximo 30% no rendimento da equipe. Mas aí pode estar embutida uma conveniência que é a de atribuir os maus resultados aos 70% dos jogadores.
A discussão é salutar e o sucesso alcançado por Tite, em poucos meses no comando da seleção brasileira tem alimentado o tema.
Qual seria a sua real participação na virada do time nacional ?
Memória da cidade
Oportuna a apresentação do livro Curitiba – o fazimento de uma cidade do jornalista Marcelo Oikawa.
Trata-se de merecida homenagem ao talento do arquiteto e urbanista Rafael Dely, um dos craques da equipe que revolucionou nossa capital à partir da década de 1970. O saudoso Rafael foi peça muito importante no desenvolvimento do projeto de transformação urbana de Curitiba.
Coxa-branca, sempre conversava com ele antes de subir para a cabine de transmissão do estádio Couto Pereira nos jogos do Coritiba. Um homem simples com grande capacidade criativa.
O lançamento do livro será na próxima segunda feira às 19 horas na Livraria Curitiba do Shopping Estação.
Lula arranca uma surpreendente concessão dos militares
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Lista de indiciados da PF: Bolsonaro e Braga Netto nas mãos de Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
Deixe sua opinião