Uma das coisas mais difíceis para quem brilhou na ribalta é saber a hora de sair de cena.Quanto mais vaidoso, mais ele sofre com o afastamento dos palcos, dos estádios ou dos auditórios. Isso acontece com muitos jogadores que relutam em encerrar a carreira do mesmo jeito com os técnicos que insistem em continuar correndo atrás de emprego nos clubes que lhe são caros.
Está aí Renato Gaúcho de volta ao Grêmio, nos braços da galera. Renato Gaúcho foi o pior treinador que passou pelo Atlético nos últimos anos – durante aquela campanha em que os dirigentes capricharam para empurrar o time para a Série B.
O consagrado Rubens Minelli brinca que a pior coisa que pode acontecer para um treinador é quando ele está desempregado e fica em casa esperando a chamada de algum clube. Nos tempos de pré-celular o telefone silencioso na sala era um tormento para os profissionais da bola.
Renato Gaúcho saiu da fila que continua longa, com Vanderlei Luxemburgo, Ney Franco, Adilson Batista, Leão, Joel Santana, Andrade, Péricles Chamusca e outros que estão com o telefone móvel ligado 24 horas por dia.
Novo patamar
Quem tem acompanhado o suplício do Coritiba nas últimas temporadas, com uma enxurrada de contratações equivocadas e um temerário troca-troca de treinadores, deve reconhecer a esperança de ver a equipe recuperada.
Assim como Tite operou prodígios na seleção, Carpegiani está conseguindo elevar o Coxa para novo patamar no Brasileiro.
A partida com o argentino Belgrano, de Córdoba, pela Copa Sul-Americana, surge como oportunidade para o técnico coxa-branca promover novas experiências e realizar observações úteis para o restante do ano.
Visitante cordial
Como a história não se repete nunca da mesma maneira, o cenário montado pelos fados no jogo entre Grêmio e Atlético, pela Copa do Brasil, chama a atenção do torcedor atleticano.
Pelo menos a expectativa é de que o Furacão deixe a insegurança de lado e evite se comportar como visitante cordial.
Como foi derrotado pelo Grêmio, no único resultado positivo do Tricolor gaúcho em sua recente escalada de insucessos, o time de Paulo Autuori está para lá de desafiado.
Autuori referiu-se à oscilação nos jogos fora, entretanto o que tem acontecido não é hesitação, mas falta de padrão mesmo.
Ao contrário, quando joga na Arena da Baixada o time consegue praticar futebol homogêneo que, pelo baixo nível técnico de todos no momento, conduz à vitória. Ou seja, não precisa jogar muita coisa para superar qualquer adversário hoje em dia, com exceção do Palmeiras, a única equipe pronta e entrosada.