Registra-se temperatura máxima no Coritiba após a divulgação da carta assinada pelos jogadores na qual acusam o presidente Vilson Ribeiro de Andrade de praticamente tudo.
Lendo a carta percebe-se que, além das reivindicações dos jogadores que são absolutamente legitimas, existe clara intenção de atingir a pessoa do presidente. Quem conhece o dia a dia do futebol e o comportamento dos atletas sabe que sem uma assessoria externa não se observariam algumas citações que envolvem a tradição do clube.
O jogador em sua maioria absoluta se preocupa em cumprir as obrigações contratuais e manter relações amistosas com a torcida. Eles são jovens que curtem a profissão, gostam de ser bajulados e as questões financeiras são tratadas por seus representantes legais.
A carta tem fundo político e visa a reduzir o poder de influência de Vilson nas próximas eleições.
Com isso, não estou defendendo a sua gestão e muito menos tentando ajudá-lo a justificar os equívocos cometidos. Longe disso. Está claro que o elenco considera indesejável a presença do presidente nos vestiários, afinal esgarçaram as relações entre patrão e empregados, mas os jogadores devem tomar cuidado para não serem manipulados por interesses eleitoreiros dentro de um clube historicamente politizado e marcado por correntes antagônicas.
Oratória da Vila
Terminada a partida em que o Paraná goleou o Atlético, os heróis da tarde se utilizaram dos microfones para iniciar um festival que se poderia chamar de a Oratória da Vila.
Primeiro foi o goleador Giancarlo, na saída do campo, que menosprezou o adversário, desconhecendo o retrospecto do clássico e as circunstâncias do jogo de domingo. Depois foi a vez de o treinador tentar fazer média com a torcida, que vinha pedindo a sua cabeça pela campanha irregular, criticando o tratamento que o clube recebe da imprensa. Erro grave de avaliação, pois há muitos anos a crônica esportiva trata o Paraná com condescendência diante dos inúmeros acontecimentos negativos na parte administrativa que inibem o desenvolvimento do seu futebol.
Explicações
A diretoria do Atlético, denunciada de pagar R$ 1,5 milhão para adquirir a metade dos direitos econômicos do lateral Léo perdido para o Flamengo com cheque da CAP S/A, empresa criada exclusivamente para a reforma do estádio da Copa com a captação de recursos públicos, também terá de dar explicações por qual razão deixou de levar a sério o clássico com o Paraná colocando em campo o seu terceiro time.
Se o principiante Petkovic não sabe o motivo do vexame de domingo, muito menos o indigitado Miguel Ángel Portugal terá explicações para a eventualidade de nova derrota, amanhã, pela Libertadores.
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