Nem de longe o time do Paraná desta temporada se parece com aquele que conquistou o título estadual e uma vaga na Taça Libertadores da América.
Tudo porque a diretoria perdeu a mão. Ou, por outra, desmontou o elenco e não conseguiu repor as peças com a mesma eficiência dos anos anteriores. Sabia-se que uma hora isso aconteceria e todos na Vila Capanema deveriam estar preparados para o momento crítico.
Está se tornando cada vez mais problemática a manutenção de níveis aceitáveis de competitividade diante da intensa rotatividade de jogadores no país. Apenas os clubes muito bem estruturados, como São Paulo e Internacional, por exemplo, conseguem manter a base e mesmo assim mostram-se impotentes para evitar a saída dos seus melhores valores. Sem base, o time perde o entrosamento e passa a jogar com irregularidade comprometendo as campanhas.
A descendência técnica paranista começou com a saída do armador Dinélson e a dificuldade de encontrar no mercado interno alas capazes de ajudar na formulação das jogadas ofensivas. O desgaste foi tão intenso que o jovem Serginho, por conta de uma falha grave na partida com o Santos, acabou afastado do time e nunca mais mereceu nova oportunidade. Punição um tanto pesada, a meu juízo, pois seria de indagar qual a pena que Neguete, por exemplo, fez por merecer na partida com o Atlético.
Com um elenco reduzido e, tecnicamente, apenas mediano, não dá para exigir muito do Paraná, mas o técnico Lori não pode perder de vista as reduzidas chances que ainda existem para escapar da degola. Só que, para alcançar o objetivo, terá de ser mais flexível e extrair o máximo do que o elenco pode oferecer.
O básico, a esta altura do campeonato, e, por definição, óbvio é o Tricolor ganhar todos os jogos que disputará em casa. Com a equipe debilitada torna-se difícil vencer fora, mas ganhar em casa passou a ser antes de uma questão de honra, uma questão de sobrevivência.
EFABULATIVO: Enquanto estive fora, Curitiba perdeu dois personagens históricos e queridos: o ex-presidente do Primavera, empresário José Pedroso de Moraes, o famoso "rei dos tapetes" e o professor Abrão Fucks, um tremendo gozador que deu o nome de Boca Maldita ao tradicional logradouro de nossa cidade.
Pedroso ficou conhecido por suas tiradas, como esta ao discursar em jantar oferecido pelo Primavera a brava crônica esportiva: "Pares e ímpares, sintam-se em casa...".
Abrão, dentre tantas histórias, contava a de um polaco seu amigo que se formou em direito, tornou-se bom advogado e para disfarçar o sotaque começou a imitar carioca falando cheio de erres e esses alongando as palavras.
Certa feita, o advogado caprichava no carioquês, em reunião no fórum civil, quando foi traído ao responder sobre o seu prato preferido: "Mareco recheado!".
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