Desde que Maradona parou de jogar, o futebol argentino não revelou um craque que pelo menos se aproximasse do seu talento. Desde o final da geração de Matthäus, Klinsman e Vöeller, o futebol alemão não mostrou uma seleção com o mesmo padrão técnico. Desde o final da geração de Baresi, Maldini e Baggio, o futebol italiano não consegue impressionar com uma Squadra Azurra competitiva.

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Países como Uruguai, Inglaterra e França já ganharam Copas, mas não conseguem manter boa média de atuações através dos tempos. Húngaros, tchecos e holandeses impressionaram em alguns Mundiais, mas jamais conquistaram o título.

Desde o final da geração de Falcão, Cerezzo, Junior, Sócrates e Zico, o futebol brasileiro já mostrou ao mundo jogadores do nível de Romário, Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Juninho e Robinho, craques que todo time gostaria de ter. Essa é a diferença entre o futebol brasileiro e os demais. Essa é a fonte de toda cobrança que a mídia internacional fez em torno do time após a pálida apresentação contra a Croácia. Houve até foguetório, em Zagreb, pelo fato do time local ter perdido só de 1 a 0 para os pentacampeões.

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É assim que funciona a cabeça dos europeus: a seleção brasileira precisa ganhar e dar show de bola. É o que todos esperam. Entenda-se, também, entre esses todos, aqueles que, veladamente ou não, torcem contra o Brasil.

Claro, após 12 anos de reinado em Copas do Mundo, com dois títulos e um vice-campeonato, tendo diversos de seus jogadores eleitos pela Fifa como os melhores do mundo, o Brasil causa deslumbramento em alguns e provoca inveja em muitos.

O carnaval que se fez em torno do jogo de estréia diz bem sobre a expectativa que, finalmente, a seleção perca o encanto e deixe de chegar a quarta final consecutiva.

Caberá ao nosso time mostrar que reúne condições de recuperar o ritmo e manter a supremacia dentro de campo.

Que Ronaldo está fora de forma física e técnica todos sabem – e não vai emagrecer até domingo – mas é preciso lhe oferecer nova oportunidade, que será contra a Austrália. Parreira tem sido coerente em suas atitudes, mas Ronaldo, não se sabe a razão, está psicologicamente abalado. Se em campo continuar lento e sem atitude, perderá o lugar.

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O objetivo maior não é preservar a imagem do Fenômeno, mas conquistar o hexacampeonato e, para isso, o futebol brasileiro dispõe de muitas alternativas no elenco. Para desespero daqueles que estão secando os canarinhos.