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Mais um domingo com jogo do Campeonato Paulista e ainda acabo virando torcedor do Marília.

A verdade é que o público que gosta de futebol e torce pelos nossos times, constitui-se na grande vítima da falta de planejamento dos dirigentes do futebol paranaense. Os jogos não passam na televisão pela ausência de alguém com prestígio no comando da Federação, com credibilidade na mídia e aos patrocinadores. O mais grave é que a desgastada Federação conta com a conivência dos cartolas dos clubes. Conivência no que diz respeito ao esvaziamento do campeonato, na abalada credibilidade das arbitragens e na falta de punição dos bruxos denunciados.

Os clubes é que estão perdendo. Primeiro, pela falta de acordo com a televisão, pois seria mais razoável até mesmo um acordo por espaços publicitários na Rede Globo do que ficar fora da mídia; depois, com a exibição das partidas do futebol paulista cada vez com maior penetração em nosso estado e, finalmente, com a repercussão zero do torneio local na principal rede do país.

Este é o tipo do assunto que já deveria ter sido resolvido com larga antecedência, para que se evitasse esse espetáculo grotesco de perseguição aos cinegrafistas e fotógrafos nos estádios.

E quando o torcedor se dispõe a ir ao estádio, como aconteceu com a torcida do Paraná no jogo de domingo, ele é mal tratado e praticamente enxotado das bilheterias.

Efabulativo

João Avelino tornou-se famoso como técnico de diversos times paulistas e com passagens antológicas pelo Norte e Nordeste do Brasil. Fazem parte do seu repertório histórias como a de uma decisão do Campeonato Paraense, quando dirigiu o Remo, de Belém.

Ele contava com dois goleiros, um alto, mas frangueiro, e um baixinho, mas bom pegador de bola. Na partida final contra o Paysandu ele resolveu escalar o goleiro baixinho, mas tomou uma providência importante: pediu para baixarem a altura das traves. Acabou dando a volta olímpica abraçado com o goleiro pouco mais alto do que ele.

Conta-se que após a Copa do Mundo de 1986, João Avelino era técnico do América de São José do Rio Preto. Supersticioso, encheu o vestiário com imagens de santos, altar, velas e, antes do jogo, recebeu a visita de um amigo que havia retornado do México, onde assistira a conquista da Argentina.

O amigo foi logo criticando a forma como o treinador havia decorado o vestiário, argumentando que o técnico Carlos Bilardo usava métodos modernos para motivar os jogadores, sem velas, rosários e outros apetrechos.

João Avelino abraçou o amigo e perguntou:

- Quem foi mesmo o número dez do Bilardo?

- O Maradona.

- Pois é. O meu é o Niquinha. O Niquinha...!

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