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Fazia tempo que a torcida coxa-branca não curtia uma revelação da casa e não via um goleador com a categoria de Keirrison. Lamentavelmente ele machucou-se e ficará inativo até o fim do ano.

São coisas do esporte, sabemos, mas neste caso é mais doloroso porque ele simplesmente surgiu, há menos de dois meses, no cenário futebolístico. Bastaram alguns jogos pelos juniores na Copa São Paulo e uma chance no time principal para ele mostrar um estilo de jogo diferenciado e que rapidamente conquistou a confiança do técnico, o respeito da imprensa e o carinho da torcida.

Keirrison está em começo de carreira e pode se transformar em craque. Talvez não exatamente em craque, mas em um atacante de elevada qualificação técnica.

Tem muito tempo para se transformar em Krüger, o maior ídolo do Coritiba nas últimas quatro décadas, que foi um ponta-de-lança de alta classe, com cortes e dribles secos, velocidade e capricho nas finalizações.

Um goleador excepcional, mas com a carreira pontuada por graves contusões. Krüger foi vítima da violência do futebol. Porém, como bravo guerreiro, superou todas as dificuldades e concluiu sua brilhante trajetória com a camisa alviverde.

Vejo Keirrison com o estilo de jogo semelhante ao de Túlio, aquele do Botafogo com rápida passagem pela seleção brasileira: sempre bem colocado, rápido, oportunista, um goleador que todo time gostaria de ter. Boa recuperação, garoto.

Paranaenses arrancam bem

Confirmando a expectativa, o Atlético, mesmo em fase de arrumação tática e técnica, não encontrou dificuldade para eliminar o frágil Moto Club na arrancada da Copa do Brasil.

Experiente e consciente dos desafios que terá pela frente, o técnico Matthäus apontou as virtudes e os defeitos da equipe. Diversos jogadores têm marcado os gols atleticanos, menos o centroavante.

Rodrigão pouco mostrou até agora, Cléo ainda não se definiu e Selmir é velho conhecido sem ter conseguido convencer. Nenhum deles conseguiu se aproximar, levemente, do potencial de Washington, Aloísio e Finazzi, que deixaram saudade.

Com essa carência ofensiva no elenco, seria conveniente o técnico Matthäus oferecer nova oportunidade a Dênis Marques, vítima de mau posicionamento em campo e de sua própria instabilidade emocional.

Na parte psicológica o jogador requer assistência do clube; na parte tática, ele não pode jogar enfiado na área, pois suas características são de jogador que avança de trás, fechando da ponta para o meio, parecido com o estilo de Dagoberto. E o Iraty, que anda mal no campeonato, surpreendeu positivamente ao bater o Ulbra e seguir em frente na Copa do Brasil.

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