Mário Celso Petraglia gravou o nome na história do Atlético desde que liderou grande grupo de atleticanos e revolucionou o clube com o saneamento financeiro, administrativo, retorno da equipe à Primeira Divisão, construção do CT do Caju, construção da Arena da Baixada e a transformação mercadológica do Furacão.

CARREGANDO :)

Vieram os craques, os títulos, as glórias e a alegria incontida da torcida, que, de sofredora, transformou-se em orgulhosa dos feitos do clube. Mas, lamentavelmente, após a conquista do título de campeão brasileiro em 2001 afloraram as diferenças de opiniões, o desencontro e a cisão.

O comandante resolveu dirigir o clube sem precisar discutir a forma de gestão com ninguém e foi ficando cada vez mais sozinho, solitário, até que chegou a manhã de ontem, quando a nova diretoria praticamente decretou o fim da era Petraglia.

Publicidade

Depois de ter feito tantas coisas que engrandeceram o Atlético, Petraglia cometeu uma série de equívocos nos últimos anos – formação de times com jogadores medianos, troca incessante de técnicos, ausência de um diretor de futebol, brigas com a imprensa e a torcida, rompimento sistemático com pessoas apaixonadas pelo clube que dele discordavam, entre outras coisas.

O time sofreu processo de esvaziamento técnico, escassez de títulos e a luta perene contra o rebaixamento.

Petraglia parecia a Rainha de Copas, personagem de Alice no País das Maravilhas, que mandava cortar a cabeça de quem a contrariasse.

E os novos dirigentes – Marcos Malucelli, Gláucio Geara e Ênio Fornéa Júnior – não só contrariaram o dirigente, que vinha apresentando fadiga de material após 13 anos, como se recusaram a interpretar o papel de marionetes.

Reabriram o clube aos atleticanos afastados, recuperaram o bom relacionamento com a imprensa e apresentaram as verdadeiras contas do Atlético, com um déficit de 25 milhões de reais.

Publicidade

Corajosos e dispostos a apresentar uma gestão moderna e transparente, com a garantia do término da Arena da Baixada e a volta da conquista de títulos, a atual diretoria merece receber o apoio e o respeito da torcida e dos associados atleticanos.

Copa do Brasil

Começou a Copa do Brasil para os paranaenses e um dos nossos representantes já foi eliminado: o J. Malucelli, em casa, mostrando que precisa de muito mais do que só mudar de nome para escrever a sua história no futebol brasileiro.

O Paraná pererecou para vencer o Mixto e não conseguiu evitar a partida returno na Vila Capanema. Serviu para o técnico Comelli fazer novas observações e ajustar a equipe para o clássico com o Atlético, na Arena da Baixada.

O Coritiba só conseguiu superar o Holanda, do Amazonas – "O Araçá Mecânico" –, nos acréscimos, com gol do esforçadíssimo polivalente Guaru. O ataque coxa-branca continua devendo desde que Keirrison foi embora.

Publicidade