Tendo festejado ruidosamente a volta do time à Primeira Divisão, a torcida do Coritiba aguarda com ansiedade o jogo com o Santa Cruz para saber, finalmente, se poderá comemorar o título de campeão da categoria.
Cartolas, técnico e jogadores fizeram de tudo um pouco para aumentar a agonia do torcedor, culminando com aquele vexame da semana passada, na derrota para o Marília, quando a festa virou um festival de borrachadas desferidas pela polícia na saída do estádio.
Os cartolas há tempos vêm aprontando das suas, mas a atitude do dirigente Vialle dispensando René Simões no calor da comemoração do retorno do time à elite do futebol superou todas. Imaginem o ambiente que deve estar entre eles lá no Recife.
Mesmo assim, o torcedor coxa-branca espera que os jogadores não tenham sido contaminados pelo mal estar e estejam dispostos a suar a camisa para vencer a partida contra um adversário eliminado e completamente descaracterizado.
Tudo para afastar definitivamente o fiasco de perder um título que já estava ganho há muito tempo.
Confiança na Vila
Por mais que o Paraná tenha vacilado ao longo do campeonato, tanto dentro como principalmente fora de campo, a torcida está se mobilizando para oferecer todo apoio ao time na partida decisiva de amanhã.
Será uma cartada da maior importância e, mesmo reconhecendo o valor técnico do Santos, todos só falam a linguagem da vitória. E simplesmente porque qualquer outro resultado será desinteressante e praticamente selará o rebaixamento do Paraná.
Josiel, que está batendo asas e voando para o futebol árabe, é a grande esperança de gols. Jogador emblemático da era professor Mi-randa no clube, Josiel conquistou o carinho da torcida pelos gols que podem transformá-lo no artilheiro da temporada nacional.
Jogador que sabe se posicionar na área e tem faro de gol, ele se destacou em meio a uma equipe tecnicamente apenas razoável e que por isso mesmo está na situação em que se encontra. Ele foi uma andorinha no verão para-nista.
Tomara que consiga fazer uma despedida balançando as redes.
Festa rubro-negra
Lotado mais uma vez, pro-vavelmente com o público recorde do campeonato, o Maracanã será palco de uma festa genuinamente ru-bro-negra. Pode ser tanto do Flamengo, quanto do Atlético.
Favorito pelas circunstâncias e, sobretudo, pela impressionante ascensão técnica que teve no re-turno, o Flamengo deve entrar com tudo enquanto o Atlético vai tratar de se resguardar para tentar surpreender nos contra-ataques.
E o técnico Ney Franco dispõe de artilharia pesada para pegar o Flamengo no contrapé: não é todo time que conta com jogadores da categoria técnica de Valência, Ferreira, Alex Mineiro e Marcelo Ramos.
carneironeto@gazetadopovo.com.br
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