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Ao contrário do ano passado, quando o Internacional foi prejudicado pela arbitragem na partida decisiva com o Corinthians, desta feita o título de campeão antecipado do São Paulo foi merecido.

Tricampeão continental e tricampeão mundial interclubes, nos últimos 15 anos o São Paulo lutou para conquistar o quarto título nacional. Demonstração clara da dificuldade que representa para um clube chegar ao título brasileiro.

Tudo porque se trata do mais equilibrado torneio nacional do planeta. Sim, do planeta, pois se na Espanha o título é, invariavelmente, decidido entre Barcelona e Real Madrid; na Itália entre Juventus e Milan; em Portugal entre Porto e Benfica, temos aqui pelo menos dez clubes sempre emparelhados na disputa do campeonato. Daí a grande variedade de campeões através dos tempos.

O São Paulo é o clube melhor estruturado, mais organizado e que mais cresce em número de torcedores no país. Resultado da responsabilidade administrativa e de sua eficiência em campo.

Muricy liderou um grupo bem equilibrado que decidiu todas competições que disputou neste ano, entretanto só conseguiu ganhar o Brasileiro. Mas nem bem terminou a festa de domingo e a diretoria já tratou de renovar o contrato do técnico e iniciou o planejamento para o ano novo.

Dentre os nossos, o Paraná voltou a cumprir boa figura e está na briga por uma vaga na Taça Libertadores da América. Para quem não sabe, ou já esqueceu, o mérito da diretoria paranista não se resume ao sucesso da equipe em campo, mas na recuperação e manutenção de toda a estrutura clubística. Não é brincadeira administrar um clube com o patrimônio do Paraná.

Quem tem piscina em casa sabe o trabalho que dá, imaginem o Paraná que possui 17 piscinas para cuidar.

Pois bem. Caior Júnior foi a grande revelação como treinador, perfilando ao lado de Mano Menezes, Renato Gaúcho, Valdemar de Oliveira e Cuca que também se destacaram. Dos veteranos, aplausos para Abel, campeão da Libertadores, Muricy e Leão, que fez uma limpa no elenco do Corinthians e salvou o time do rebaixamento.

No lado do Atlético há de se lamentar o desperdício representado pela performance de sua equipe. Pela estrutura que possui no CT do Caju e pelo que a Arena da Baixada oferece, foi surpreendente o baixo rendimento final do time nos quatro torneios em que esteve envolvido.

As conseqüências geradas pelo troca-troca de treinadores e pelo excessivo entra-e-sai de jogadores, levaram o Furacão a ser eliminado pelos modestos times da Adap e do Volta Redonda, culminando com as derrotas no Brasileiro e a decepcionante atuação contra o Pachuca na primeira partida em casa.

Restou ao Atlético lutar por um lugar na próxima Copa Sul-Americana e, sobretudo, tirar proveito com sabedoria dos equívocos cometidos neste ano.

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