Em temporada virtuosa do Coritiba e desastrosa do Atlético eles chegam ao último ato.
O Atletiba de domingo poderia ser mais atraente não fosse a campanha indecorosa do Atlético. Na realidade o torcedor rubro-negro não se conforma com os métodos utilizados na gestão do futebol profissional do clube.
Se existe vida inteligente na parte administrativa, mercadológica e na excelência do seu modelar departamento médico, é desconcertante a falta de imaginação e de planejamento dos dirigentes na formação das comissões-técnicas que entraram e saíram ao sabor do vento, mas, sobretudo, na escolha dos jogadores que passaram pelo CT do Caju com resultados absolutamente decepcionantes.
Chama a atenção o fato de o Atlético ter conquistado todos os títulos das categorias de base, mas ter se aproximado do ridículo com a equipe principal.
Contratações inexplicáveis, mudanças excessivas e trocas emocionais de técnicos, preparadores físicos, goleiros e do elenco em geral diminuíram a capacidade de organização do time. Em nenhum momento o time mostrou unidade no grupo, entrosamento técnico e confiança, fato, aliás, que não surpreende os analistas, pois o Furacão vem ensaiando o rebaixamento há pelo menos seis anos, com a gloriosa exceção do ano passado quando terminou na quinta colocação. No mesmo período, apenas um titulo estadual e assim mesmo meio por acidente, já que os favoritos Coritiba e Malutrom tropeçaram bisonhamente na penúltima rodada.
Com esse retrospecto o Atlético chega ao último ato à beira do precipício, jogando apenas pela honra de um elenco desacreditado pela própria torcida.
Levantando-se do rebaixamento e dos trágicos acontecimentos que, entre outras coisas, o impediram de jogar em seu estádio as dez primeiras partidas da série B, o Coritiba realizou a mais espetacular recuperação de todos os tempos: foi campeão da série B, bicampeão estadual, recordista mundial de vitórias consecutivas, vice da Copa do Brasil e esta a um passo de conquistar a vaga na Libertadores.
Resultado de um trabalho desenvolvido com competência, responsabilidade e que reflete a união de todas as correntes políticas do clube.
Com a mesma comissão-técnica e mantendo a base da equipe rebaixada, a qual se transformou em fortaleza moral na virada para o sucesso, o Coxa ganhou no mesmo ano uma segunda chance de alcançar a Libertadores e certamente tudo fará para não perdê-la.
Para isso, terá de impor a sua superioridade técnica sobre o antigo rival e fazer nova festa dentro da Arena da Baixada.
O clássico está cercado de expectativa e representa a oportunidade para nós, paranaenses, de mostrar que estamos em condições de receber grandes eventos.
A rivalidade é enorme, mas o torcedor deve ter em mente que a vida é bem mais ampla do que qualquer jogo de futebol.
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