As seleções que participarão da Copa estão dando os últimos retoques e todas que escolheram adversários de melhor nível técnico para os amistosos não só encontraram dificuldades como os seus jogadores claramente evitaram os choques mais arriscados. É aquele tal negócio: os testes são importantes, mas não há clima entre os atletas para correr riscos, especialmente depois que alguns se machucaram a poucos dias da estreia. Sem esquecer os desfalques de Luis Suárez, do Uruguai e Falcao García, da Colômbia; ou dos que estão chegando sob intensos cuidados médicos, como o português Cristiano Ronaldo, o neoespanhol Diego Costa e os alemães Neuer, Lahm e Schweinsteiger, entre outros.

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Depois de brincar com a fraca equipe do Panamá, a seleção brasileira terá um teste mais equilibrado, hoje, frente à Sérvia. Felipão afirmou que não vai poupar ninguém. Não custa lembrar que a contusão do volante Emerson, antes da estreia em 2002 mudou a cara do meio de campo e a seleção deslanchou. Sinal de que as alternativas eram boas, tanto quanto na Copa de 1994, quando Parreira perdeu por lesão a dupla titular da zaga – Ricardo Rocha e Ricardo Gomes – consagrando os substitutos Aldair e Márcio Santos.

No passado remoto Pelé foi substituído à altura por Amarildo, que se somou a Garrincha na eletrizante campanha do bi; Romário foi cortado durante os últimos preparativos na Copa da França e saiu atirando contra a comissão técnica e o paranaense Kléberson acelerou o ritmo do meio de campo ao lado de Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo na arrancada para o penta.

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Desta vez, apesar da enorme badalação em torno do time, vale promover algumas observações que poderão ser importantes durante o torneio. A meu ver, Felipão assumiu riscos desnecessários, tais como apostar no goleiro Júlio César, que há muito tempo não vem jogando em alto nível e convocar a dupla Dante e Henrique para a reserva de Thiago Silva e David Luiz. Em relação a Fred, desde que ele continue jogando mal, a alternativa óbvia é Jô, que também não atravessa fase boa, restando improvisar uma escalação sem centroavante fixo.

Seria uma forma de encaixar o ascendente Willian no ataque com Paulinho, Oscar e Neymar girando, deixando Hulk para os choques mais diretos com os zagueiros adversários.

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