Ninguém merece mais organizar uma Copa do Mundo do que o Brasil, pentacampeão, duas vezes vice, com o artilheiro recordista e a maior quantidade de craques através dos tempos.
Por isso, quando a Fifa confirmar as doze cidades sedes para o Mundial de 2014, representará o pontapé inicial do grande esforço nacional para viabilizar o megaevento.
Na vez anterior, quando finalmente silenciaram os canhões da Segunda Guerra Mundial, o Brasil pretendia organizar a Copa já em 1948 e contava com a simpatia de ninguém menos que o presidente da Fifa, o francês Jules Rimet. Com a Europa arrasada, não foi difícil para o nosso país ter o seu nome aprovado no congresso realizado em Luxemburgo, mas para 1950, com o objetivo de concluir o estádio do Maracanã e conseguir outras melhorias necessárias para o empreendimento.
As coisas eram mais simples e as exigências da Fifa bem menores.
Por aqui, o presidente da Rede Viação Paraná-Santa Catarina, general Durival Britto e Silva e o construtor Reinaldo Thá trataram de viabilizar a construção do estádio na Vila Capanema, que recebeu o nome do seu idealizador. Com recursos conseguidos graças à influência do transporte ferroviário na época, o estádio foi concluído e serviu de palco para dois jogos da Copa de 1950.
Quase sessenta anos depois, por ironia do destino, um dos mais graves problemas do transporte nacional é a inexistência de trens para passageiros. Além das dificuldades na área de transportes, já que os nossos portos e aeroportos funcionam em estado precário, temos que resolver graves questões de trânsito nas grandes metrópoles, segurança pública, rede hoteleira e a remodelação dos estádios.
O grande trunfo do Brasil é o fato de o povo amar o futebol e a arte de praticá-lo ser reconhecida por todo o mundo. Em qualquer lugar quando se fala em futebol, a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas é o encantador futebol brasileiro. É o único pentacampeão. É o único que jogou todas as Copas. Foi o que realizou o primeiro Mundial pós-guerra. É o país do futebol. Por isso, por merecimento, ninguém merece mais organizar a Copa do que o Brasil.
Mulatas, samba, praias paradisíacas, pantanal, rios amazônicos, belezas naturais incomparáveis, tudo fará parte do grande painel promocional para atrair milhões de turistas. Nada, porém, encanta mais do que o conceito de que o Brasil é bom de bola. A maior atração, portanto, será o convite para que os amantes do futebol venham visitar o país de Leônidas, Zizinho, Pelé, Garrincha, Didi, Tostão, Gerson, Rivelino, Falcão, Zico, Romário, Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Kaká e outro gênios da bola.
Curitiba, humildemente, aguarda a confirmação do seu nome como uma das sedes. Da Vila Capanema à Arena da Baixada, trafegando pela mesma rua, teremos um traço de união entre as Copas de 1950 e 2014.
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