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Lembra do gol de Bídio na vitória sobre o Coritiba que abriu o caminho para o título do Ferroviário em 1965 ?

Lembra do gol de Madureira, ídolo do Ferroviário emprestado ao Atlético, depois de driblar toda a defesa do Santos, o melhor time do país em 1968 ?

Lembra do gol de Sicupira de bicicleta, estreando no Atlético contra o São Paulo pelo Robertão de 1968 ?

Lembra dos gols de Volnei, Edu, Genau, Néia, Galeno, Careca, Téia, Mauro Madureira, Geraldão pelo Colorado ?

Lembra dos gols de Zé Roberto, Milton Dias, Nilson, Ziquita, Washington, Assis, Alex Mineiro, Kleber, Dagoberto, Denis Marques, Nikão, André Lima pelo Atlético na Vila Capanema ?

Lembra dos gols de Adoílson, Maurílio, Claudinho, Saulo, Paulo Miranda, Ricardinho, Caio Junior, Washington, Ilan, Borges, Leonardo, Maicossuel pelo Paraná ?

Quanta beleza, quanta emoção, quanta alegria no campo e nas arquibancadas.

Dá para ter saudade das grandes manifestações na comemoração de uma vitória ou a conquista do título. A confraternização do povo arrebatado, nas cadeiras, nas gerais, em pé ou agarrados ao alambrado.

Isso e muito mais aconteceu nos últimos 50 anos na Vila Capanema.

O tempo passa, o tempo voa e o velho e aristocrático estádio Durival Britto e Silva continua numa boa.

Deve receber grande público para mais uma edição do clássico Paraná e Atlético. No passado era o famoso CAP-CAF (Atlético e Ferroviário); o Furacão enfrentou o Colorado durante cerca de vinte anos até que surgiu o Paraná para escrever novas páginas na rica história do futebol paranaense.

Uma noite na Vila não tem preço para quem ama o futebol.

Mesmo sabendo que o Furacão tem sido o algoz do Tricolor nos últimos anos, o técnico Wagner Lopes programou a limpeza na lista dos cartões amarelos no jogo anterior e vai escalar um time alternativo.

Desprezou a possibilidade de eliminar o antigo e poderoso rival antes das fases decisivas.

Por uma ironia do destino e, obviamente, do resultado desta noite, o Paraná poderá ter de jogar domingo na Arena da Baixada pelas quartas-de-final.

Dentro do seu planejamento estratégico, Paulo Autuori vem sofrendo desgaste, um pouco pelo sofrimento da torcida nos embates da Libertadores e muito pela excessiva limitação técnica da equipe reserva que cumpre decepcionante campanha no Estadual.

Tudo indica que os jovens não respondem à altura por falta de talento e os mais experientes vem se superando, física e tecnicamente, nos acalorados duelos da Libertadores.

Mas a realidade é que o time ainda não encontrou o padrão técnico desejado e muito menos o ponto de equilíbrio necessário para brilhar durante esta temporada.

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