Demonstrando que é mesmo um craque no direito esportivo, o advogado Domingos Moro conseguiu adiar a perda do mando de jogos para a próxima temporada, permitindo que o Atlético jogasse com o Internacional na Vila Capanema. Novamente ao lado da torcida, o Furacão recuperou-se no campeonato e venceu o Colorado assumindo a vice-liderança.

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O gol da vitória aconteceu em novo cruzamento de Éderson para a finalização de Dellatorre. E essa jogada foi o único destaque do primeiro tempo amarrado. A equipe gaúcha mostrou-se forte na marcação, entretanto sem qualquer inventividade do meio para frente e o time de Vagner Mancini teve participação muito mais coordenada, especialmente na etapa complementar quando dominou amplamente as ações desenhando uma quase goleada.

A goleada deixou de se materializar pelas extraordinárias defesas do goleiro Muriel e por algumas conclusões erradas dos atacantes rubro-negros, sem que Weverton tenha sido exigido de maneira mais aguda em nenhum momento da partida.

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Dupla personalidade

Após excelentes apresentações e retumbantes triunfos sobre Cruzeiro e Grêmio, no Alto da Glória, a torcida coxa-branca ficou desconcertada com a apática atuação na derrota para o cambaleante Vasco.

O time do Coritiba sofre a síndrome de "O médico e o monstro", pois quando joga em casa parece o bondoso Dr. Jekyll, o médico que elaborou a fórmula da transformação de personalidade bebendo-a para não prejudicar ninguém; quando joga fora, vira mister Hyde, um sujeito assustador que faz tudo errado. É impressionante a mudança entre a equipe vibrante e bem coordenada que se apresenta diante da torcida com a que atua como visitante. Foi um jogo tecnicamente ruim no qual o Vasco pouco realizou, mas o suficiente para vencer o Coxa irreconhecível.

Esforço inútil

Neste ano a torcida fez tudo para ajudar o Paraná voltar à Série A: patrocinou a camisa, lotou Vila Capanema várias vezes, apoiou o tempo inteiro e acreditou na classificação até que sábado, dolorosamente, constatou a fragilidade técnica e a desconcentração emocional do time.

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Depois de um primeiro tempo arrastado, no qual o Paraná não mostrou capacidade para se impor ao fraco time do Palmeiras que, já classificado mostrou-se sonolento, na etapa final houve mais empenho, porém faltou aquela pegada, aquela saída de bola sufocante que prendesse o adversário em seu próprio campo até sofrer o gol.

Mas, depois de muito esforço, um tiro longo do volante Edson Sitta bateu a perícia do goleiro Fernando Prass provocando euforia na torcida tricolor. Esforço inútil, pois, em inaceitável sucessão de erros da defesa, foi permitido que Leandro empatasse para o Palmeiras complicando a situação do Paraná na luta pelo acesso.