No limiar do ano muitas são as preocupações dos brasileiros, em um arco de acontecimentos jamais vistos em nossa história.

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E acontecimentos de elevado interesse público, de alta indagação e de resultados imprevisíveis para a economia, a política e a vida das pessoas.

A crise configura-se como a maior de todos os tempos e, pelo andar da carruagem, não tem data para acabar e muito menos tábua de salvação imediata ou algum líder carismático populista que possa recuperar a confiança da população.

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Mas, como diz o vulgo “Dentre as coisas menos importantes, o futebol é a mais importante de todas”. Fiquemos, então, com o fascinante joguinho da bola.

Dois assuntos chamaram a atenção no noticiário do primeiro fim de semana do ano: os planos na preparação dos times para a nova temporada e a pesquisa encomendada por esta Gazeta do Povo para medir a preferência dos torcedores.

Pesquisa, como se sabe, fotografa o momento e esta, em especial, reflete exatamente o que se observa em torno dos nossos principais clubes. O Atlético manteve-se na frente, aumentando a diferença sobre o Coritiba e o Paraná surge em terceiro bem atrás da tradicional dupla.

Destaque para o elevado número de pessoas que não torce para nenhum dos nossos times e a forte influência exercida pela televisão nos índices registrados para Corinthians, Flamengo, Palmeiras e São Paulo.

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Como a televisão aberta praticamente só apresenta jogos dessas equipes é natural que elas se destaquem no mercado paranaense.

Esse é um dado significativo que deve ser levado em consideração pelos nossos representantes no prelúdio dos trabalhos para o ano. Ou, por outra, é muito importante que os dirigentes locais tenham em mente a importância de conquistar títulos. Não basta competir, é preciso vencer.

A começar pelo campeonato estadual, tão mal embalado pela Federação e pelos próprios clubes, quando se sabe que ele é, na realidade, o único título efetivamente ao alcance dos nossos times.

Claro que a dupla Atletiba poderia ter saído melhor na foto se, por exemplo, o Coritiba tivesse conquistado os títulos da Copa do Brasil que perdeu para Vasco e Palmeiras ou o Atlético superado o Flamengo nas finais do mesmo torneio.

Compreende-se a limitação financeira da dupla e a diferença de verbas recebidas da televisão em comparação com os donos das maiores torcidas do país. Entretanto, o simples fato de terem decidido o título da Copa do Brasil em três oportunidades nos últimos seis anos, demonstra que, com competência e um pouquinho de mais ambição, dá para fazer bonito no cenário nacional.

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Mineiros e gaúchos descobriram o caminho há muito tempo.