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 | Paulo Whitaker/ Reuters
| Foto: Paulo Whitaker/ Reuters

A seleção brasileira conseguiu recuperar em cinco jogos a condição de protagonista do futebol mundial. Fazia tempo que o time nacional não se apresentava de forma tão organizada no plano tático, com aplicação e técnica superior.

Mérito do treinador Felipão que recompôs a equipe em todos os setores, corrigiu falhas que desapareceram na partida final e ofereceu aos jogadores a possibilidade de impor-se perante o atual melhor time, a Espanha que, depois de longa invencibilidade, ruiu no Maracanã.

Antes de entrarmos no jogo, gostaria de destacar alguns aspectos que cercaram a decisão da Copa das Confederações, começando pela ausência da presidente da República que, por receio das vaias, deixou de comparecer à solenidade de encerramento do grande evento internacional, para o qual o seu governo contribuiu com cerca de R$ 7 bilhões apenas na construção de novos estádios.

Assistindo à partida pelo SporTV, que apresenta a narração mais correta e os comentaristas profissionalmente melhor preparados, viajei no tempo e voltei a 1972 quando transmiti pelo rádio a final da minicopa em comemoração aos 150 anos da Independência do Brasil. Com público de 150 mil pessoas, a seleção venceu Portugal com gol de Jairzinho e ficou com a taça do Sesquicentenário.

Dois detalhes que a Fifa precisa explicar melhor: partida final às 19 horas correspondendo à meia-noite na Espanha e o Brasil obrigado a jogar com calções brancos.

Com a bola rolando, o time de Felipão conseguiu repetir os seus melhores momentos neste torneio, marcou e pressionou os espanhóis fazendo 2 a 0 no primeiro tempo. O gol de Fred foi obra de quem sabe das coisas como centroavante, finalizando mesmo deitado diante do goleiro Casillas; o gol de Neymar foi de quem é do ramo após um passe genial de Oscar.

Na etapa complementar, o gol de Fred logo no começo definiu a história da decisão e propiciou à seleção uma virada definitiva da sua imagem no concerto internacional, pois de agora até a Copa todos tratarão o time brasileiro como favorito e não como mero coadjuvante como vinha acontecendo nos últimos anos.

Em nenhum momento os espanhóis ameaçaram, nem mesmo quando Marcelo cometeu penalidade máxima e Sergio Ramos desperdiçou bisonhamente. Os craques Iniesta e Xavi foram anulados pela eficiente marcação exercida e naturalmente surgiram espaços para que o Brasil ampliasse o placar nos contra-ataques.

Foi um título merecido, bem festejado e que abre perspectivas favoráveis a seleção. Porém, é importante lembrar dos ilustres ausentes desta competição que estarão daqui um ano, tais como Argentina, Alemanha e Holanda, em busca dos mesmos objetivos.

A seleção brasileira conseguiu definir a escalação, adotar um sistema tático compatível e readquiriu a confiança como time de ponta outra vez.

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